Este estudo investigou o impacto do desempenho ESG (ambiental, social e de governança) nos indicadores financeiros de empresas brasileiras listadas no período de 2015 a 2022. Utilizando regressão em painel, foram testadas hipóteses sobre a associação entre o desempenho ESG total e as dimensões específicas do ESG com o valor de mercado (Market-to-Book, Q de Tobin) e o Custo de Capital Próprio (Ke). A amostra incluiu 56 empresas, totalizando 447 observações. Os dados foram obtidos das bases Refinitiv e Bloomberg. Os resultados da análise de regressão mostraram que, embora o desempenho ESG total não tenha influenciado significativamente o valor de mercado ou o custo de capital, as dimensões específicas do ESG, como a pontuação ambiental, tiveram um efeito positivo no Market-to-Book, sugerindo que práticas ambientais podem melhorar a percepção de valor de mercado. Alavancagem e PIB também apresentaram influência significativa sobre o Q de Tobin e o Ke, respectivamente. Esses achados destacam a relevância das práticas de sustentabilidade em mercados emergentes, embora os impactos possam variar conforme as dimensões ESG.