O envelhecimento acarreta prejuízo funcional e ocorrência de doenças, que associados à pandemia de COVID-19, podem impactar a qualidade de vida dos idosos. Este estudou objetivou-se a analisar a qualidade de vida de idosos atendidos em um ambulatório de geriatria durante a pandemia de COVID-19. Este é um estudo epidemiológico observacional, quantitativo, descritivo, do tipo transversal. A amostra constituiu-se de 35 idosos atendidos no ambulatório de geriatria pelo período de um ano, através da avaliação sociodemográfica e dos questionários WHOQOL-OLD e WHOQOL-BREF, submetidos a testes comparativos, como o de post hoc de Tukey e o post hoc de comparações método pairwise. Prevaleceu o sexo feminino (77,1%), entre 70 e 79 anos (54,3%), pardos (54,2%), possuindo cinco ou mais filhos (74,2%), quase um terço de analfabetos (31,4%) e uma minoria sexualmente ativa (17,1%). Os homens demonstraram melhor qualidade de vida em comparação às mulheres. Na WHOQOL-BREF, a maior média foi no Domínio Relações Sociais e a menor no Domínio Físico. Já na WHOQOL-OLD, as Facetas Intimidade e Atividades Passadas, Presentes e Futuras obtiveram maiores médias, sendo a Faceta Funcionamento Sensório a de menor média. O Domínio Físico e a Faceta Atividades Passadas, Presentes e Futuras relacionaram-se à maior escolaridade, enquanto a Faceta Intimidade associou-se ao estado civil casado/união estável. Os resultados refletem o perfil de pacientes atendidos no período e a avaliação dos questionários evidenciou a importância das relações sociais e perspectivas futuras na qualidade de vida. Por fim, a pandemia não apresentou impacto significativo na qualidade de vida destes idosos.