A carência de monitoramento fluviométrico nas bacias hidrográficas brasileiras, principalmente nas de pequeno porte, configura-se como um desafio no âmbito da gestão dos recursos hídricos, e tal cenário acarreta no uso de dados regionalizados de vazões, que nem sempre condizem com a realidade local. O propósito deste trabalho foi avaliar o uso de vazões regionalizadas, bem como os limites definidos pelas agências reguladoras de recursos hídricos na análise de processos de outorgas para captação de água superficial. A sistemática metodológica envolveu a determinação das vazões regionalizadas para cada bacia selecionada, de acordo com as metodologias propostas pelos órgãos reguladores, e ainda, a comparação com os valores de vazões medidos nas estações situadas no exutório destas bacias. Os resultados obtidos permitem inferir que os métodos atualmente utilizados para a determinação das vazões regionalizadas e os limites definidos pelas agências reguladoras não foram representativos para as bacias alvo do estudo.