Esse estudo objetivou analisar, na literatura disponível, a influência do efeito neuroprotetor dos nutracêuticos na Doença de Parkinson (DP), seus possíveis mecanismos de ação e sua probabilidade terapêutica e preventiva. A pesquisa foi realizada por meio das bases de dados eletrônicas PubMed, Science Direct e Medline, utilizando, como ferramenta de estratégia, os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) para selecionar os seguintes descritores de busca: Parkinson disease, nutrition, vitamins, nutraceuticals e suas combinações. Como critérios de inclusão, foram considerados estudos escritos em inglês, espanhol e português, publicados no período de janeiro de 2013 a outubro de 2020, com público em análise com diagnóstico confirmado para DP e estudos em modelo animal, sendo incluídos 42 artigos. Sabe-se que as opções de tratamento convencional e existentes para a DP trazem consigo efeitos indesejáveis, apesar de sua capacidade de fornecer alívio sintomático. Desse modo, com o intuito de se pensar em outras alternativas que possam atuar não apenas na prevenção como também no tratamento, os nutracêuticos, por virem de alimentos naturalmente disponíveis, demonstram ser uma opção favorável, além de poderem evitar efeitos colaterais. Verifica-se que o estresse oxidativo é um fator associado ao desenvolvimento da DP, e os estudos apontam que os efeitos protetores dos antioxidantes exógenos modulam esse estresse oxidativo, indicando os nutracêuticos como possíveis estratégias terapêuticas, dentre as quais foi possível evidenciar: a vitamina D, a coenzima Q10, a curcumina, a carnitina, o ômega 3, o licopeno e a taurina. Portanto, é necessário que sejam feitas novas pesquisas nesta área para avaliar seu impacto a curto e longo prazo, dosagem e eficácia validada nesse público.