“…Em Portugal, Aires (2017) investigou a inovação, a partir da concepção de gestores de hotéis em Aveiro; ao passo que Nordli (2017), buscou apreender características mais específicas da inovação em serviços, restringindo sua análise aos relatos de gestores de pequenos hotéis e empresas de entretenimento na Noruega. Como ponto em comum desses estudos, importa salientar, a superficialidade ou o modo generalista e estático com que o conceito de inovação, alinhado à literatura clássica foi apresentado para representar o todo complexo que é o setor de turismo, uma mistura interligada de empreendimentos de ramos de atividades diversas (a exemplo da hospedagem, restauração, agências de viagens, transportes, serviços culturais, entretenimento, comério varejista e outros) Uma vez que os conceitos de inovação e turismo são dinâmicos, evoluíndo em função do tempo e contextos, é pertinente, toda investigação, que se debruce a rever e revisar sua complexidade, ultrapassando limites préestabelecidos e de abrangência técnica (Jayawardena, 2019;Larrea et al, 2021) até se alcançar propostas conceituais universais, capazes de contemplar aspectos objetivos e subjetivos da atividade turística em sua totalidade. Camisón e Monfort-Mir (2012) e Manuylenko et al (2015) sugerem que o aprofundamento de definições, a partir de noções centrais, ângulos de análises e perspectivas específicas, constituem um ponto de partida ou elemento essencial de base metodológica para entender, diagnosticar, gerir e avaliar melhor a inovação em turismo.…”