“…No Brasil, essa "reprodução cega" da classe, segundoSouza (2010), tem seu ápice na classe média e na dita "nova classe média", por ocorrer de forma extremamente íntima, emocional, através do exemplo.O interesse acadêmico pelos jovens, de acordo comGonçalves (2005), desponta de tempos em tempos. Inclusive, atualmente, é notório que este segmento etário se destaca como um grupo que concentra grande atenção por parte de pesquisadores, principalmente entre aqueles que se dedicam a estudar o sentido do trabalho(RUIZ et al 2008;FERRARI et al 2009;RIZZO;CHAMON, 2010;OLIVEIRA, 2011;WRAY-LAKE et al 2011;CAVAZOTTE, LEMOS, VIANA, 2012;LAIR;WIELAND, 2012, TEIXEIRA et al 2014; O'CONNOR; RAILE, quando comumente tem-se o início da vida profissionalpossibilitaria a identificação de tendências sobre como o mercado de trabalho tenderia a se desenvolver num futuro próximo(WRAY-LAKE et al 2011).De todo o corpo teórico produzido, todavia, chama atenção uma questão referente à diversidade social dos jovens contemplados por essas pesquisas (ROCHA-DE-OLIVEIRA, PICCININI, SILVEIRA, 2010). Lemos, Mello e Guimarães (2014) explicam que em sua maioria, os estudos partem de uma perspectiva ocidental e consideram jovens pertencentes às classes sociais mais abastadas.…”