²Membro do Conselho de Política Editorial da RAE O QUE É CIÊNCIA ABERTA Ciência aberta necessariamente é uma novidade? Não, definitivamente (Vicente-Saez & Martinez-Fuentes, 2018)! Não na área de Negócios, não na comunidade internacional, tampouco no Brasil.A primeira revista científica de negócios no Brasil a adotar, desde junho de 2018, políticas de dados abertos no Brasil foi a Revista de Administração Contemporânea (RAC) (Martins, 2020, Mendes-Da-Silva, 2021. Desde então, outras revistas científicas de negócios editadas no país têm adotado diferentes políticas de ciência aberta. Entre essas: a Brazilian Administration Review (BAR), a Revista de Administração de Empresas (RAE), a Revista de Administração Pública (RAP) (Peci, 2022) e a Revista Brasileira de Gestão de Negócios (RBGN). Outros periódicos editados no Brasil sinalizam interesse em seguir essa agenda de alcance internacional.Ainda assim, novos padrões internacionais vêm sendo adotados para a prática de pesquisa em diversos campos de conhecimento. Conforme detalhado e aprofundado por Vicente-Saez e Martinez-Fuentes (2018), especificamente na pesquisa em Negócios, quatro características de ciência aberta têm sido destacadas: transparência, acessibilidade, compartilhamento e desenvolvimento com base em colaboração. Entre outras externalidades positivas, tais características podem também desempenhar papel preventivo de problemas no processo editorial, constituindo-se em drivers para definir o quão confiável pode ser a pesquisa produzida (Molloy, 2011).Ciência aberta envolve um conjunto de práticas e conceitos baseados na ideia geral de tornar a ciência mais transparente e acessível, não somente à comunidade científica, mas também à sociedade. A modalidade mais conhecida de ciência aberta é o Acesso Livre (Open Access), que consiste na prática de tornar os artigos publicados acessíveis sem restrições. No contexto brasileiro, EDITORIAL | O que docentes e pesquisadores na área de gestão de negócios precisam saber a respeito de ciência aberta