Resumo Objetivo Explorar e compreender as experiências sexuais de gestantes durante a gravidez. Métodos O estudo foi realizado em dois centros de saúde no Distrito Sanitário de Almería, sul da Espanha. Os participantes incluíram gestantes que receberam atendimento pré-natal e/ou educação para maternidade. Os critérios de inclusão foram estar grávida, manter atividade sexual e concordar em participar do estudo. Os critérios de exclusão foram ter limitações na atividade sexual por prescrição médica. A amostra foi composta por 15 gestantes selecionadas por meio de amostra de conveniência, das quais cinco participaram de grupo focal (GF) e 10 de entrevistas em profundidade (EP). Os dados foram coletados entre os meses de junho e dezembro de 2016. Os participantes foram contatados pelo pesquisador principal e foi realizada uma consulta para conduzir o GF ou EP. Resultados Três categorias principais emergiram: Falsas crenças e uma abordagem holística da sexualidade durante a gravidez, que está relacionada ao conceito de sexualidade, falsas crenças e aconselhamento sexual limitado durante a gravidez. Limitações: Do medo no início à dificuldade física no final, referindo-se às flutuações no desejo sexual, bem como às mudanças físicas que limitam a atividade sexual. Adaptação às mudanças: práticas seguras e satisfação com a imagem corporal, que engloba preocupações com os riscos e a relação entre imagem corporal e autoestima. Conclusão A falta de aconselhamento sexual durante a gravidez leva à criação de falsas crenças, que, juntamente com mudanças físicas, preocupações com o risco e flutuações no desejo e interesse sexual, provocam uma diminuição na atividade sexual. Mas a sexualidade permanece um aspecto importante da gravidez, em relação ao qual os participantes devem adotar uma abordagem mais ampla e não limitada ao ato sexual, além de adotar práticas adaptadas às mudanças físicas e emocionais que ocorrem durante esse período.