RESUMO:A centralidade atribuída aos docentes nos processos de reformas educacionais em curso traz novas exigências profissionais com efeitos sobre a sua saúde. Buscando resultados na literatura epidemiológica e ergonômica, este artigo tece relações entre o processo de intensificação do trabalho nas escolas e o tipo de adoecimento dos professores descrito nos estudos atuais. Sobre a intensificação, são mencionados fatores qualitativos, caracterizados pelas transformações da atividade sem o necessário suporte social para acomodar as exigências do trabalho, e fatores quantitativos, relacionados ao aumento do volume de tarefas nas escolas. As evidências trazidas ao texto permitem esboçar as bases de um modelo explicativo para o processo de morbidade docente calcado em determinantes ambientais e organizacionais e suas implicações sobre a atividade de trabalho na sala de aula.
Palavras-chave:Intensificação do trabalho. Saúde do trabalhador.Trabalho docente. Professor.
WORK INTENSIFICATION AND TEACHERS' HEALTHABSTRACT: The centrality given to teachers in the ongoing educational reforms creates new professional demands that affect their health. Seeking results in the literature on epidemiology and ergonomics, this paper suggests relations between the work * Doutora em Ergonomia, médica do trabalho e professora