Para o enfrentamento aos estereótipos de gênero e princípios patriarcais, estruturais, presentes no currículo médico, as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de medicina orientam para a abordagem das necessidades de saúde, inclusive a pesquisa relacionada ao gênero. Objetivos: Analisar a evolução na produção científica relacionada a gênero, em três importantes periódicos de educação médica, dos Estados Unidos da América, da Europa e do Brasil, considerando a possiblidade de influência externa na pesquisa científica brasileira. Métodos: Pesquisa bibliográfica apoiada na teoria da neobibliometria, utilizando como indicadores bibliométricos: periódico; ano de publicação; temática; autoria; incidência das temáticas; metodologia. Resultados: semelhanças na abordagem temática entre os periódicos analisados, e atraso na pesquisa e baixo número de pesquisas nacionais originais, evidenciam a possibilidade de colonização da pesquisa e da educação médica brasileira; o protagonismo feminino na autoria é evidente e crescente; a pesquisa nacional deve, com originalidade, criar as condições para a transformação das práticas docentes, e de currículos, considerando a mais ampla visão sobre o papel da universidade, o trabalho médico, e as demandas sociais.