“…Poderíamos citar, ainda, a aclamação recebida em Cannes por "Deus e o Diabo na terra do sol" (1964) e por "Vidas secas" (1963), ensejando admiração de cineastas relevantes, como Godard, que, anos depois, convidou Glauber para interpretar um profeta do cinema político, no filme " Le vent d'est" (1969). Mas foi na Alemanha que o Cinema Novo foi mais bem recebido pela nova geração de cineastas, o que pode estar relacionado com a apresentação do movimento no Festival de Berlim (1966), por Peter B. Schumann, ou ainda com a presença crescente em festivais, cineclubes e, sobretudo, na televisão: a partir de 1967, os filmes brasileiros foram repetidamente apresentados na maior parte das emissoras públicas, cobrindo quase toda a produção do Cinema Novo em suas várias fases (Nagib, 2011 (Nagib, 2011).…”