Zika Virus Infection in Children

O impacto do vírus Zika no Brasil e no mundo

“…A forma mais comum de transmissão do ZIKV é através da picada do mosquito do gênero Aedes, o qual também é responsável pela transmissão dos vírus da dengue, Chikungunya e febre amarela (DUARTE et al, 2017;MUSSO et al, 2015). Entretanto, a transmissão sexual também já foi comprovada (HENDRIXSON et al, 2018). O vírus mantém-se viável em secreção vaginal por mais de 14 dias e, no sêmen, por até 141 dias.…”

“…O vírus mantém-se viável em secreção vaginal por mais de 14 dias e, no sêmen, por até 141 dias. Nessas secreções a viabilidade do vírus é muito mais longa do que no sangue ou na urina, sugerindo a possibilidade de transmissão sexual, meses após a manifestação sintomática da doença (HENDRIXSON et al, 2018;MANSUY et al, 2016;MURRAY et al, 2017). Em 2011, um Estudo de Caso relatou a transmissão do Zika de um homem infectado que havia retornado do Senegal para os Estados Unidos (EUA), para sua parceira por meio de relações sexuais (FOY et al, 2011;SHARMA et al, 2017).…”

“…Nesses casos, o vírus está associado tanto à infecção congênita assintomática, quanto sintomática grave, a qual pode ocorrer, durante qualquer período da gravidez. Porém, o risco de desenvolver danos mais sérios está associado à infecção nos primeiros três (3) meses da gestação (BRASIL et al, 2016;HENDRIXSON et al, 2018;HONEIN et al, 2017). Até janeiro de 2016, um total de 3.530 casos suspeitos de microcefalia haviam sido relatados, muitos dos quais ocorreram em recém-nascidos de mulheres que viviam ou visitaram áreas, onde a transmissão do vírus Zika estava ocorrendo (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2016).…”

“…Até janeiro de 2016, um total de 3.530 casos suspeitos de microcefalia haviam sido relatados, muitos dos quais ocorreram em recém-nascidos de mulheres que viviam ou visitaram áreas, onde a transmissão do vírus Zika estava ocorrendo (CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2016). Associado a tais números, estudos relatam que 63% das crianças infectadas por Zika, no Brasil, apresentaram pelo menos um achado neurológico no nascimento (BRASIL et al, 2016;HENDRIXSON et al, 2018). Em lactentes sintomáticos, a microcefalia é a manifestação grave mais comum, tendo sido uma das primeiras anomalias relatadas em crianças afetadas pela infecção congênita (ARAUJO et al, HENDRIXSON et al, 2018;SCHULER-FACCINI et al, 2016).…”

“…Associado a tais números, estudos relatam que 63% das crianças infectadas por Zika, no Brasil, apresentaram pelo menos um achado neurológico no nascimento (BRASIL et al, 2016;HENDRIXSON et al, 2018). Em lactentes sintomáticos, a microcefalia é a manifestação grave mais comum, tendo sido uma das primeiras anomalias relatadas em crianças afetadas pela infecção congênita (ARAUJO et al, HENDRIXSON et al, 2018;SCHULER-FACCINI et al, 2016). Sabe-se, atualmente, que o vírus Zika tem preferência pelas células progenitoras neurais, o que pode explicar o efeito deletério no desenvolvimento cerebral do feto, causando microcefalia e outros problemas no neurodesenvolvimento (MINER;DIAMOND, 2017;MINER et al, 2016;TANG et al, 2016).…”