A B S T R A C TThe tintinnid community in the region of Abrolhos (Bahia, Brazil) was studied during February 2012. We hypothesized that the tintinnid community structure varies significantly over a short temporal scale (photoperiod), as well as spatially over a short scale (on and away from the reefs), and a broad scale (distance of the reef area from the coast). Three areas in Abrolhos were studied. Two sampling points were delimited in each area, where the tintinnids were collected by horizontal subsurface plankton net (20 m mesh-size) hauls. Sampling was undertaken every 6 hours, during 24 hours in each area. 24 species were found, all of which are of neritic, cosmopolitan, and of warm-water distribution. The only hypothesis that is not rejected is that related to variability on an extensive spatial scale. There are significant differences between the samples collected in the three areas studied (ANOVA p = 0.017). The clustering of the species highlights a continent-ocean gradient. There is one community typical of the internal arc, composed mainly of neritic agglutinated tintinnids, and another community typical of the external arc, composed mainly of hyaline warmwater and cosmopolitan tintinnids. The factor which exercises the greatest influence on the tintinnid community in the Abrolhos region is the distance from the coast.
R E S U M OA comunidade dos tintinídeos da região de Abrolhos (Bahia, Brasil) foi estudada durante o período de fevereiro de 2012. Nossas hipóteses são de que a estrutura da comunidade dos tintinídeos varia em uma escala temporal curta (fotoperíodo), além de variar espacialmente, tanto em curta escala (sobre o recife e distante dele) como em larga escala (distância da área recifal em relação à costa). Três áreas em Abrolhos foram estudadas. Em cada área foram delimitados dois pontos de amostragem, nos quais se coletou tintinídeos através de arrastos horizontais subsuperficiais de rede de plâncton (20 m abertura de malha), a cada 6 horas, ao longo de 24 horas. 24 espécies foram encontradas, sendo todas de distribuição nerítica, cosmopolita e de águas quentes. A única hipótese não rejeitada está relacionada com a variabilidade da comunidade em uma escala espacial extensa. Existem diferenças significativas entre as três áreas estudadas (ANOVA p = 0,017). Análises de agrupamento realizadas com as espécies revelaram um gradiente continente-oceano. Existe uma comunidade típica do arco interno, formada basicamente por espécies neríticas, além de uma comunidade típica do arco externo, formada basicamente por espécies hialinas cosmopolitas e de águas quentes. O grande fator influenciando a comunidade dos tintinídeos em Abrolhos é a distância da costa.