Apresentam-se resultados preliminares de um estudo que objetiva verificar como é constituída a rede semasiológica do item léxico vacina e entender como se dá a construção dos sentidos dessa rede no devir do tempo. Como norte teórico, utilizam-se pressupostos da Semântica Cognitiva Sócio-Histórica, e, em particular, da Teoria da Metáfora e da Metonímia Conceptuais, estabelecendo diálogos com autores, como Lakoff e Johnson (1980), Silva (2006), Santos (2011) e Fernández Jaén (2012). Para traçar o percurso metodológico, adota-se a abordagem qualitativa, de caráter descritivo-interpretativo, exploratório e documental, sendo o corpus constituído por textos escritos na variedade brasileira do português, entre os séculos XIX, XX e XXI, disponíveis em corpora digitais da Linguateca. Os resultados do estudo mostram que, no lastro temporal, registram-se mudanças e variações na semasiologia de vacina.
No capítulo ora iniciado, discutimos como a Semântica em Linguística Cognitiva é entendida, bem como tecemos considerações acerca da simbiose entre as dimensões social, histórica, cultural, além da dimensão cognitiva, na geração do significado, logo levamos em consideração a abordagem ecológica da cognição, compreendendo que o significado não pode ser dissociado das distintas dimensões da vida humana e que, sendo perspectivista, flexível e dinâmico, é construído nas interações das quais participamos, no devir da nossa história. Ademais, destacamos dificuldades existentes para composição de corpus em estudos da área, procurando demonstrar que obstáculos encontrados, como delimitação de uma amostra, podem ser sanados, se entendermos a linguagem e o próprio corpus (corpora) como fractais e se adotarmos a Técnica da Saturação. O capítulo reflete, então, acerca da tessitura do conhecimento científico sobre o significado em Linguística-Semântica Cognitiva, enfocando, ainda que parcialmente, seus postulados e aspectos metodológicos, assim como seu desenvolvimento, apontando desdobramentos, criados a fim de aprimorar o modelo. Para isso, além dessas considerações inicias, das finais
O volume 69 da revista Estudos Linguísticos e Literários reúne 17 artigos escritos por pesquisadores do Brasil e de Portugal que discutem, em seus respectivos textos, a linguagem da pandemia de COVID-19 sob a ótica da Linguística Cognitiva. Seu primo objetivo é divulgar uma parcela da produção científica realizada acerca dessa linguagem e dos mecanismos da cognição acionados para sua produção. Assim sendo, as discussões apresentadas contemplam a conceptualização da pandemia, abordando mecanismos da cognição humana, a exemplo de metáforas, instanciadas em variados usos linguageiros, mono e/ou multimodais, elaborados nos diferentes discursos que emergem nas distintas práticas sociais decorrentes da experiência com essa doença e com o vírus que a desencadeia, o SARS-CoV-2, conhecido como novo coronavírus. Os percursos metodológicos adotados pelos autores, bem como os materiais textuais que sustentam as discussões expostas nos artigos são diversos, garantido a pluralidade na abordagem do tema norteador do volume. O conjunto dos resultados traz contribuições para o alcance de um conhecimento mais aproximado dessa linguagem empregada neste momento da história, para pensar como as significações da pandemia são construídas e como interferem no modo de tratar esse grave problema sanitário vivido por todos os povos do planeta.
Examina-se a antroponímia, usada no Brasil, oriunda do latim e do grego, documentada no Dicionário onomástico etimológico da língua portuguesa (Machado, 2003). Para desenvolver o estudo, seguiram-se os pressupostos teóricos e metodológicos da metalexicografia e da onomástica, de modo a basear-se em autores como Gonçalves (1988). Após a análise do corpus, constituído por verbetes do referido dicionário, concluiu-se que pouco se sabe sobre a antroponímia de fundo latino e grego e que há dúvidas a respeito da etimologia, bem como das motivações para a adoção de item antroponímico no léxico do português do Brasil. Por outro lado, atestou-se que a inegável herança da antiguidade não se restringe apenas ao léxico comum, mas amplia-se para o onomástico.
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