Resumo: Interfaces cérebro-máquina têm se apresentado como uma grande promessa para a atualidade. A interação entre cérebro e computadores pode ser realizada de diversas maneiras, uma delas é por potencial evocado visual por meio de cores. Este trabalho visa identificar a influência de cores nos sinais eletroencefalográficos para serem utilizadas como meio de ativação de interfaces. Foram realizados testes envolvendo voluntários hígidos onde foram analisadas as influências de 4 cores (amarelo, azul, verde e vermelho). Foi realizada análise estatística para comparações entre as potências do sinal nos períodos com e sem estimulação visual para constatar quais canais apresentavam diferença significativa. Os canais identificados foram O1, O2, P3, P4 e PZ. Por fim, um classificador multiclasse (SVM-ECOC) foi utilizado para realizar a diferenciação entre as cores. Como resultado, a cor vermelha foi a melhor identificada pelo classificador, enquanto a verde obteve a menor acurácia. Palavras-chave:Eletroencefalografia, potencial evocado, cores, classificador SVM. [2]. A intensidade dos sinais captados na superfície do escalpo varia de 0 a 200µV, com frequências mais proeminentes entre 0 e 50 Hz. Alguns padrões de onda distintos foram identificados na atividade EEG, como, por exemplo, ondas delta (frequências menores que 3,5Hz), theta (4 a 7Hz), alfa (8 a 13Hz) e beta (14 a 30Hz) [3]. AbstractA resposta cerebral gerada com um estímulo, ou seja, o potencial elétrico produzido no córtex em resposta a um estímulo é conhecida como potencial evocado. Os estímulos podem ser: visuais, [1], auditivos [4] ou somato-sensoriais [5]. Todas estas modalidades têm sido objeto de investigação em literatura recente, no intuito de desenvolver mecanismos de comunicação baseados na atividade cortical (interfaces cérebro-máquina -ICMs) para sujeitos com deficiências motoras diversas.Alguns estudos recentes [6,7,8,9, 10] avaliaram diferentes estímulos visuais com o objetivo de desenvolver ICMs confiáveis e confortáveis. No entanto, diversos aspectos ainda necessitam ser aprofundados para que tal técnica possa ser efetivamente utilizada no futuro. Um dos aspectos ainda sob investigação, é o efeito de diferentes cores na atividade cortical e na performance de ICMs.Neste sentido, este artigo investiga alterações específicas na atividade cerebral provocadas por diferentes estímulos por meio de cores, bem como a possibilidade de se identificar padrões corticais representativos de cada cor e qual delas apresenta maior eficácia para uso em ICMs. Materiais e métodosCinco indivíduos hígidos, com idades entre 21 e 32 anos, foram recrutados para o estudo. Os critérios de
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