O objetivo deste artigo é analisar as audiências públicas sobre maconha/cannabis realizadas na Câmara dos Deputados no período entre 1997 e 2020, a partir de um censo das audiências públicas sobre o tema e uma análise de conteúdo automatizada dos discursos proferidos nas mesmas. O debate legislativo sobre regulação da maconha/cannabis no Brasil, via audiências públicas, se ampliou nos últimos anos, enfocando os usos medicinal e industrial da planta. Como principais resultados, observamos que houve uma mudança no perfil do público convidado ao longo do tempo, ganhando destaque as pessoas pesquisadoras, representantes de pessoas pacientes/usuárias e de agências reguladoras. Verificamos ainda que há uma polarização do debate em torno do par uso medicinal vs . abuso/dependência. Outros temas também se destacaram nas falas analisadas, ainda que menos centralmente, relativos ao cultivo, produtos derivados da cannabis, cadeia produtiva e sua regulação.
O objetivo deste artigo é desenvolver um estado da arte da produção acadêmica brasileira sobre a expressão “ideologia de gênero”. Com as contribuições de Kuhar e Patternotte (2017), Miskolci (2017), Junqueira (2018), Corrêa (2018) e Machado (2018) apresentamos um histórico do termo , desde quando foi cunhado em documentos da igreja católica até vir a se tornar categoria acionada por movimentos antigênero transnacionalmente. A pesquisa se baseia na análise de conteúdo dos resumos de total de 56 artigos publicados em periódicos nacionais. A análise e categorização do corpus foi feita com ajuda do software Iramuteq. Foi observado que a maior parte das publicações acadêmicas convergem com o período em que o tema teve maior visibilidade no espaço público, em 2018, sendo concentradas em torno das disputas sobre políticas educacionais, como os planos nacional e municipais de educação e o projeto Escola Sem Partido. Há trabalhos com o objetivo de traçar genealogias do ativismo antigênero organizado partir do sintagma “ideologia de gênero”, outros relacionam influências e convergências do ativismo cristão com o ativismo antigênero. A pesquisa evidenciou ainda que inexistem trabalhos comparativos do contexto brasileiro com outros países, uma lacuna importante, dado o caráter transnacional dos movimentos antigênero.
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