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RESUMO -A produção de moléculas-plataforma é importante no contexto da viabilização econômica de uma biorrefinaria. Dentre elas, destacam-se o ácido 2,5 dicarboxílico furânico (FDCA) e o sorbitol por suas aplicações e capacidade de transformação em derivados de alto valor agregado. Neste contexto, este trabalho avalia as rotas químicas de produção destas moléculas bem como analisa o potencial econômico para sua produção no Brasil. O Ni-Raney e o rutênio suportado são os principais catalisadores utilizados para obtenção do sorbitol a partir da glicose. O reaproveitamento da biomassa, visando a produção da glicose, poderia atender ao mercado interno e diminuir a dependência do sorbitol importado. O FDCA é obtido a partir da glicose sobre catalisadores contendo metais nobres. A síntese química do FDCA é muito versátil, porém, ainda necessita de otimização das condições operacionais. A produção industrial do FDCA pode dar um salto caso ele venha a ser matéria prima renovável na produção do ácido tereftálico. Os mercados destas moléculas plataforma foram avaliados. Verificou-se que o sorbitol é uma commodity e o Brasil é importador, apesar de ser grande produtor de glicose. Os compostos furânicos são especialidades de alto custo e a tecnologia de produção comercial ainda não consolidada. O país poderia vir a produzir esses compostos com vantagens econômicas, desde que haja investimento nas tecnologias de conversão.

RESUMO -O ácido succínico é utilizado nas indústrias de alimentos, produtos farmacêuticos e na agricultura. Atualmente está sendo explorada sua produção em biorrefinarias, pois é matéria prima para obtenção de produtos de alto valor agregado como 1,4 butanodiol (BDO) e polisuccinato de butileno (PBS). Em grande escala, tem potencial para substituir o anidrido maleico em diversas aplicações como solventes e polímeros insaturados. O objetivo desse trabalho foi avaliar o potencial do ácido succínico, como substituto do anidrido maleico no mercado. Para tanto, foram levantados, utilizados e analisados os dados de importação brasileira e do preço médio do anidrido maleico a partir dos sistemas ITC e Aliceweb, visando avaliar a dimensão do mercado brasileiro do anidrido maleico. As análises mostraram que os preços atuais do ácido succínico ainda são elevados, para o estabelecimento de uma nova rota industrial competitiva que possa substituir o uso do anidrido maleico. Entretanto, a diminuição dos custos do processo, desde a matéria prima até os custos da etapa fermentativa são necessários para o fortalecimento e ampliação do mercado do ácido succínico, permitindo a substituição de um produto de origem petroquímica por um renovável, obtido a partir de resíduo de biomassa.