Este artigo fornece um retorno sobre a rápida transição dos cursos presenciais para a modalidade remota no contexto da pandemia Covid-19, que afetou o mundo inteiro desde março de 2020. Revelando nossa experiência como jovens professores de francês, inseridos em projetos de extensão na Universidade Federal Fluminense (UFF), abordaremos os desafios de implantação de atividades interativas no contexto de cursos ministrados por videoconferência. De fato, essa transição levantou muitas questões sobre como gerenciar as interações na sala de aula virtual, sobretudo o que diz respeito às interações aluno-aluno. Após apresentar os principais marcos que constituem a história da educação online no Brasil, discutiremos os trabalhos teóricos que nos permitem analisar as especificidades das interações online. Em seguida, apresentaremos como essa transição se desenrolou em um curso de extensão de línguas na UFF, antes de apresentar com mais detalhes exemplos de atividades que possibilitaram adaptar as aulas presenciais e estimular as interações entre alunos de níveis iniciantes e avançados. A partir dessa experiência, concluímos que, para promover esse tipo de interação, é importante tanto oferecer um quadro educacional mais flexível do que na modalidade presencial, quanto garantir que o professor não esteja mais no centro do processo interativo, chegando às vezes a desaparecer gradualmente.
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