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Objetiva-se analisar o papel das Instituições Educativas no processo de regeneração social de menores delinquentes em Belém do Pará no período republicano, a partir dos dados da dissertação “A Infância em Processos Judiciais em Belém do Pará: da criminalidade aos discursos jurídico-assistencialistas para a educação do menor desvalido (1890-1930)”. Descreve a constituição da infância brasileira, a relação da infância paraense com a criminalidade e as práticas educativas de instituições educativas de destaque nesse âmbito, como: o Instituto de Educandos Artífices Paraense e a Companhia de Aprendizes Marinheiros, apresentando o pensamento republicano paraense sobre a proposta educacional oferecida aos menores delinquentes, conforme o código penal de 1890.

Este artigo é resultado de uma investigação em percurso de doutoramento pela Universidade Federal do Pará no programa de Pós-Graduação em Psicologia. Serão analisados os agenciamentos das práticas no Educandário Nogueira de Faria na ilha de Cotijuba no início do século XX, relacionado ao conceito contemporâneo de bioética. Para isso,a análise principal será focada em trechos das três entrevistas realizadas com dois ex-funcionários que possuíram uma relação direta com os menores que por ali passaram e que agenciaram o funcionamento do Educandário e um exeducando, contribuindo para uma reflexão sobre a história da infância abandonada e desvalida na Amazônia paraense em interface com a bioética, em uma época que vigorava a primeira República, na qual, as discussões sobre a institucionalização da infância no Brasil estava em seu auge.