ResumoA leptospirose é uma zoonose reemergente associada ao convívio próximo entre o cão e o homem. É importante determinar se os fatores de risco da leptospirose canina são semelhantes aos do homem, ou são variáveis exclusivas ao hábito e manejo da espécie. Os objetivos deste trabalho foram identificar variáveis individuais e ambientais, associadas a maior freqüência de cães soropositivos para leptospira, atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina. Foram estudados 160 cães de ambos os sexos e não vacinados contra leptospirose, entre março de 1997 e abril de 1998. Todos os animais foram submetidos à prova de aglutinação microscópica e ao exame direto da urina. Para cada um deles foi utilizado um questionário epidemiológico que procurou investigar variáveis que poderiam estar associadas a essa infecção. Os resultados obtidos foram submetidos ao teste χ 2 . Foram detectados títulos de anticorpos ≥100 em 40 cães, sendo em maior freqüência contra o sorovar pyrogenes (45,00%) e 24 animais foram positivos no exame direto da urina. A análise das variáveis apontou como fator de risco para a leptospirose canina,o hábito de caçar roedor (OR=4,22; 1,89≤IC95%≤9,50), a presença de áreas alagadiças próximas às residências (OR=2,86; 1,32≤IC95%≤6,22) e o acesso à rua (OR=2,57; 1,19≤IC95%≤5,59). Os resultados servem como alerta em relação a possibilidade de exposição humana a alguns fatores de risco para a leptospirose a que estão expostos estes cães. Palavras-chave: Leptospirose, cão, fator de risco, diagnóstico, sorologia. AbstractLeptosporosis is a re-emergent zoonosis associated to close contact between man and dogs. It is important to determine whether the canine leptospirosis risk factors are similar to those of man or are variables exclusive to the species habitat and management. The objective of this study was to identify the individual and environmental variables most frequently associated with seropositive dogs attended in the Veterinary Hospital at Londrina State University. One hundred and sixty dogs of both sexes not vaccinated against leptospirosis were studied over a 13-month period (march 1997 to april 1998). All the animals were submitted to the microscopic aglutination test and to the direct urine test. An epidemiological questionnaire filled out for each one to investigate variables that could be associated with this infection
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