O processo de envelhecimento populacional é uma realidade social. Com o avançar da idade surgem mudanças na composição corporal, como aumento do peso, da massa gorda e redução das massas magra e óssea. Composição corporal é definida como a proporção entre os diferentes componentes do corpo, sendo expressa pelas percentagens de massas gorda, magra e óssea. Sua análise permite determinar os componentes do corpo auxiliando em programas de emagrecimento e condicionamento físico. Além disso, sua avaliação constitui mecanismo importante para detecção e prevenção de algumas doenças crônicas. O principal objetivo deste artigo é analisar e investigar a relação da composição corporal com a idade, gênero, nível de atividade física (IPAQ) e índice de massa corporal (IMC) de indivíduos hígidos avaliados no Serviço de Endocrinologia e Metabologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná. Como os percentuais de massas gorda, magra e óssea pertencem ao intervalo unitário (0,1) assumiu-se distribuição beta para cada uma delas, fazendo-se uso do modelo de regressão beta disponível no pacote betareg do software R. Os resultados mostraram que a composição corporal de homens e mulheres foi diferente. Com o avançar da idade ocorreu aumento no percentual de massa gorda e redução nos percentuais de massas magra e óssea, tanto para homens como para mulheres. O nível de atividade física, estimado pelo IPAQ, mostrou ser um fator determinante na composição corporal, de tal forma que os indivíduos ativos apresentaram maior percentual de massa magra e menor percentual de massa gorda, porém, para o percentual de massa óssea, o IPAQ não foi relevante.