Resumo: Introdução: Os universitários apresentam maior risco de adotar o comportamento sedentário em virtude da própria rotina, a qual requer muito tempo dedicado às aulas e a utilização frequente do computador para os estudos. Essa situação tem se tornado preocupante porque o comportamento sedentário tem sido associado a desfechos adversos em saúde, como mortalidade e doenças crônicas não transmissíveis. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar o tempo despendido com o uso do computador como discriminador da obesidade, do sedentarismo e de fatores de risco cardiovascular em universitários. Método: Trata-se de estudo transversal realizado com 2.275 acadêmicos de cursos da área da saúde de uma fundação pública do estado de Goiás. Os dados foram obtidos por meio da aplicação de um questionário composto por variáveis sociodemográficas, relativas ao curso e a aspectos comportamentais e de saúde. A variável de desfecho foi o tempo utilizando o computador (TC). Identificaram-se o poder discriminatório e os pontos de corte do TC para os desfechos de interesse por meio das curvas Receiver Operating Characteristic (ROC) com IC95%. Resultado: O tempo médio usando o computador para estudos, trabalho ou lazer foi de 3,90 horas/dia para mulheres e 3,82 horas/dia para homens. A área sob a curva ROC entre o TC e o sedentarismo foi de 0,54 (IC95% 0,51-0,58) para mulheres e 0,56 (IC95% 0,50-0,63) para homens. Já para a hipertensão arterial sistêmica (HAS), foi de 0,57 (IC95% 0,50-0,64) para mulheres. Os melhores pontos de corte relacionados a essas condições foram 3,5 e 4,5 horas, respectivamente. Conclusão: O TC apresentou boa capacidade preditiva para discriminar o sedentarismo e a HAS entre universitários. Sugere-se que a diminuição do TC e sua substituição por atividades ativas possam contribuir para a melhoria do perfil de saúde e a qualidade de vida dos acadêmicos.
O infarto agudo do miocárdio (IAM), como uma injúria cardíaca irreversível, tem um importante impacto na qualidade de vida (QV) do paciente. Este trabalho objetiva descrever a qualidade de vida de pacientes após infarto agudo do miocárdio antes e após o programa de reabilitação cardíaca por meio do questionário Mac New , além de analisar possíveis alterações da capacidade física. Trata-se de um estudo intervencionista não randomizado com 44 pacientes após evento de infarto agudo do miocárdio antes e após a execução do programa, por meio da aplicação do questionário sobre qualidade de vida. Foram analisados 44 pacientes com diagnóstico confirmado de infarto agudo do miocárdio, sendo todos do sexo masculino, com média de 64,25 (+2,217) anos. Houve diferença estatística significativa no escore total entre antes e após a intervenção (p = 0,0195), e também em seus domínios, exceto no social. Quanto à análise da capacidade física antes e após a intervenção não houve diferença relevante estatisticamente. Portanto, este estudo conclui que, na avaliação da qualidade de vida, houve diferença importante depois da intervenção fisioterapêutica.
Elaborado por Maurício Amormino Júnior -CRB6/2422 O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores. 2019 Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou utilizá-la para fins comerciais. www.atenaeditora.com.br Bases Conceituais da Saúde 9 Capítulo 1
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