A literatura sobre crianças com problemas de comportamento exteriorizado tem enfatizado a necessidade de focalizar o desenvolvimento cognitivo, o estresse parental e os padrões de relação familiar para melhor compreender o seu ajustamento e desenvolvimento. Este estudo visa descrever os tipos de famílias de crianças com comportamentos exteriorizados, destacando o perfil cognitivo das crianças, o estresse parental e a qualidade das relações familiares. Foram selecionadas 14 crianças pré-escolares morando com ambos os pais biológicos, ou com a mãe e o padrasto ou com apenas um genitor. Foram aplicados testes de avaliação cognitiva às crianças e, aos genitores, uma escala de estresse parental, questionário e entrevista semi-estruturada. Os dados mostram que o perfil cognitivo das crianças é caracterizado por um raciocínio geral abaixo da sua idade cronológica e que a dinâmica do relacionamento familiar difere em função do tipo de família e entre pais e mães, sendo os padrastos mais estressados que os genitores biológicos. Os resultados sugerem que há necessidade de investigar melhor a origem e a evolução dos comportamentos exteriorizados na perspectiva do curso de vida, considerando os tipos de famílias.Palavras-chave: relações familiares; problemas de comportamento exteriorizado; estresse parental.
RESUMO. Pesquisadores têm estudado as relações familiares de crianças com problemas de comportamento exteriorizado, sobretudo, por suas implicações no desenvolvimento humano, ao longo do curso de vida. Os fatores de risco que contribuem para o surgimento e manutenção desses problemas estão relacionados às características da criança, aos processos familiares e às influências dos pares, comunidades e escolas. Neste artigo, discutimos, brevemente, a influência das relações parentais e conjugais em famílias de crianças pré-escolares com problemas de comportamento exteriorizado. No primeiro caso, ênfase é dada às práticas parentais e ao nível de estresse parental; no que tange às relações conjugais, destaque é dado aos padrões de interação em famílias casadas e recasadas e suas possíveis implicações nas relações parentais. Por fim, tecemos algumas considerações a respeito do papel da cultura no desenvolvimento de problemas de comportamento exteriorizado e da necessidade de investigar este tipo de problema sob a perspectiva do desenvolvimento humano. Palavras-chave: relações parentais, relações conjugais, problemas de comportamento exteriorizado.
Resumo: A literatura sobre crianças com problemas de comportamento exteriorizado tem enfatizado a necessidade de descrever a origem e a evolução desses comportamentos. Este estudo visa comparar as continuidades e mudanças no perfil cognitivo, no estresse parental e na qualidade das relações familiares de crianças com problemas de comportamento exteriorizado. Participaram da coleta de dados sete crianças pré-escolares morando com ambos os pais biológicos, com a mãe e o padrasto ou com apenas um genitor. Foram aplicados testes de avaliação cognitiva às crianças e, aos genitores/padrastos, questionário, entrevista semiestruturada e escala de estresse parental, em dois momentos, ao longo de um ano. Os resultados mostram que houve uma melhora no perfil cognitivo das crianças; alterações na percepção dos genitores/padrastos quanto às características das crianças, ao modo de vida e relacionamento familiar; e estabilidade nos índices de estresse parental. Para compreender melhor a evolução dos comportamentos exteriorizados é preciso implementar pesquisas longitudinais.Palavras-chave: família; crianças pré-escolares; problemas de comportamento exteriorizado; relações parentais; estresse parental. STABILITIES AND CHANGES IN FAMILY PATTERNS OF CHILDREN'S EXTERNALIZING BEHAVIOR PROBLEMS Abstract:The literature on children's externalizing behavior problems has emphasized the necessity of describing the origin and evolution of this kind of behavior. This study aims to compare continuities and changes in children with externalizing behavior problems and their families emphasizing the child cognitive profile, parental stress, quality of family relationships. Seven preschool children who were living with biological parents, or the mother and stepfather, or just one parent were selected to participate. The data about cognitive evaluation was collected with children and a questionnaire, a semi-structured interview, a parental stress scale were administered to their parents, in two times in a year. The results show an improvement on the children's cognitive profile; changes in the parents'/stepfather's perception about children's personal characteristics, ways of life, and the quality of family relationships; and stabilities in the parental stress index. It is necessary to implement longitudinal research to better understanding the evolution of externalizing behaviors.
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