RESUMOA intussuscepção uterina é condição rara em pequenos animais. No presente relato descreve-se um caso de intussuscepção uterina em um canino, fêmea Yorkshire Terrier no pós-parto imediato, diagnosticada por meio de laparotomia exploratória e pela avaliação anatomopatológica. Realizou-se a ovariossalpingohisterectomia (OSH) como tratamento definitivo para a alteração. Conclui-se, portanto, que a intussuscepção uterina pode ocorrer em cadelas, de forma espontânea no pós-parto imediato.Palavras-chave: cão, cirurgia, inversão uterina, parto ABSTRACT Uterine intussusception has rarely been described in small animals. In this report we describe a case of uterine intussusception in a female Yorkshire terrier immediately postpartum, diagnosed by exploratory laparotomy and anatomopathologic evaluation. Ovariosalpingohisterectomy (OSH) was performed as definitive treatment. It is concluded that the intussusception of the uterus may occur spontaneously in dogs immediately postpartum.Keywords: dog, surgery, uterine inversion, parturition INTRODUÇÃO O útero é o órgão reprodutivo muscular que serve como local de inserção para óvulos fertilizados e que proporciona fonte de nutrição fetal, sendo formado pela cérvix, um corpo e dois cornos (Wykes e Olson, 1996). O corpo uterino tem cerca de 1,5cm de comprimento e 1cm de largura nas cadelas, enquanto nas gatas pode ter 2cm de comprimento. Está localizado parcialmente na cavidade pélvica, mas em fêmeas pluríparas pode se posicionar totalmente dentro da cavidade abdominal. O corpo uterino situa-se entre o cólon descendente e a bexiga. Uma projeção interna musculomembranosa, não visível externamente, estende-se 1cm para dentro deste, dividindo o lúmen uterino longitudinalmente. Nas cadelas, a cérvix possui Recebido em 28 de fevereiro de 2013 Aceito em 16 de dezembro de 2013 *Autor para correspondência (corresponding author) E-mail: mauriciovelosobrun@hotmail.com cerca de 1cm de comprimento (Stone, 2007). O tubérculo cervical situa-se na extremidade cranial da prega média dorsal e está separado por uma prega transversal evidente (Wilson, 2003). O orifício interno da cérvix está voltado quase que dorsalmente, e o orifício externo está direcionado ventralmente, na direção do assoalho vaginal (Wilson, 2003;Stone, 2007).As anomalias congênitas uterinas em caninos ou felinos são raras, podendo ocorrer atresia, aplasia segmentar, corpo uterino septado, hipoplasia, fusão cornual, cérvix dupla e agenesia de corno uterino (útero unicórnio), sendo esta a mais comum (Pinto Filho et al., 2001;Stone, 2007). Já entre as anomalias adquiridas, encontram-se a hiperplasia endometrial cística/piometra, a hidrometra, a subinvolução dos sítios http://dx
Diversas espécies de Senecio estão amplamente difundidas nas pastagens de propriedades rurais do Sul do Brasil. Criadores dessa região relatam quedas nos índices reprodutivos dos rebanhos bovinos, muitas vezes de causas não determinadas. Várias plantas tóxicas são capazes de causar alterações reprodutivas diretas e indiretas em bovinos em diversos países, incluindo o Brasil, no entanto seus mecanismos patogenéticos ainda são pouco compreendidos. O objetivo desse trabalho é descrever lesões ovarianas em vacas com seneciose crônica proveniente de propriedades rurais da mesorregião Sudoeste Rio-grandense. Foram estudados 21 casos positivos de seneciose crônica diagnosticados entre 2011 e 2014. O estudo revelou que a seneciose crônica é a principal causa de morte de bovinos adultos na região. Quatro vacas prenhes apresentaram lesões hepáticas clássicas da intoxicação por Senecio spp. Essas vacas tiveram seus ovários avaliados histologicamente e células luteínicas grandes (CLG) desses ovários apresentavam megalocitose e pseudoinclusões nucleares. Algumas CLG apresentaram núcleos com até 23,69μm de diâmetro e o aumento no tamanho desses núcleos foi significativamente maior que os de vacas controle. Conclui-se que a intoxicação por Senecio spp. causa alterações ovarianas em vacas e é possível que a intoxicação cause perdas reprodutivas nos rebanhos bovinas da região.
RESUMO: A ingestão de Senecio spp. (maria-mole) é, possivelmente, a principal causa de morte de bovinos por agentes tóxicos nas regiões central e sul do Rio Grande do Sul. Ao considerar a limitação de informações acerca dessa condição no Oeste do Rio Grande do Sul, esse trabalho objetiva descrever os principais aspectos epidemiológicos e clínico-patológicos da seneciose em bovinos nessa região. O estudo foi realizado por meio da aplicação de questionários em 16 propriedades rurais de municípios da região que apresentaram casos suspeitos da intoxicação em bovinos, de agosto de 2011 a março de 2014. Durante as visitas as propriedades foram coletadas plantas do gênero Senecio para identificação botânica, bem como se procedeu a coleta de fragmentos de fígado através de biópsia transtorácica para confirmação da intoxicação. As espécies de Senecio mais frequentes nas propriedades foram S. brasiliensis e S. heterotrichius. De um total de 88 bovinos, de nove propriedades distintas, que apresentaram falha no ganho de peso, 69 animais (aproximadamente 80%) foram positivos para seneciose crônica por apresentarem lesões características da intoxicação, tais como fibrose periportal (78% dos casos), megalocitose (76% dos casos) e proliferação de ductos biliares (68% dos casos), classificadas entre discretas e acentuadas. O trabalho confirmou a ocorrência da doença, mesmo em bovinos sem sinais clínicos evidentes. Os resultados obtidos nessas avaliações foram fundamentais para orientar proprietários e técnicos quanto às principais características da doença e às formas de controle a serem adotadas. O emprego da biópsia hepática possibilitou o diagnóstico precoce da intoxicação e auxiliou os criadores quanto ao descarte mais criterioso de bovinos e a real situação da intoxicação no rebanho, minimizando as perdas econômicas.
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