Na situação pandêmica em que o mundo se encontra, na luta pelos impactos do novo coronavírus, o distanciamento social e o prejuízo na saúde mental têm colaborado para o aumento das tentativas de suicídio, devido aos fatores socioeconômicos e psicológicos. OBJETIVO: Compreender como a pandemia de COVID-19 influencia as tendências suicidas. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa, realizada através do levantamento de dados das bases LILACS e PubMed. Foram utilizados como fatores de inclusão artigos publicados, disponíveis nos idiomas português e/ou inglês, com filtro de 1 ano. Utilizou-se como descritores "suicídio, "pandemia" e "COVID-19". RESULTADOS: A pandemia do COVID-19 aumenta os sentimentos de medo, tristeza, solidão, incerteza e culpa, causando maiores chances de desenvolver sintomas e transtornos psiquiátricos como ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e insônia, contribuindo para o aumento de pensamentos suicidas. Os grupos que possuem maior risco de comportamento suicida na pandemia são os idosos, trabalhadores da saúde, portadores de doenças mentais, aqueles com histórico familiar de suicídio, sobreviventes do vírus, migrantes e pessoas em situação de vulnerabilidade social. Outros fatores de risco para o suicídio durante a pandemia são: isolamento social, crise financeira, uso de substâncias psicoativas, luto, violência doméstica e transtornos mentais préexistentes. CONCLUSÃO: Foi demonstrado que as diversas consequências da pandemia do COVID-19 impactam no aumento do comportamento suicida, sendo que a incidência de transtornos psiquiátricos tende a subir pós-pandemia. Portanto, faz-se necessário o desenvolvimento de linhas de apoio à saúde mental por meio de abordagens multidimensionais com foco na prevenção do suicídio.