A Bacia do Araripe constitui-se em bacia rifte originada pelo rompimento do Supercontinente Gondwana, conhecida como a bacia interior de registro sedimentar mais completo na Região Nordeste do Brasil. O manuscrito apresenta o estado da arte da estratigrafia da Bacia do Araripe enfocando sua evolução no tempo, nas sequências estratigráficas com base em superfícies de discordâncias, em novos resultados e faz ainda revisão crítica das classificações estratigráficas propostas com vistas à elaboração de classificação integrada. As primeiras propostas estratigráficas foram elaboradas de forma muito abrangente e simplificada. Com o tempo, foram realizados estudos mais minuciosos corroborando uma melhor e mais refinada compartimentação dos pacotes sedimentares presentes. A década de 1980 foi imprescindível para as produções científicas inerentes à geologia da bacia em função do interesse no potencial petrolífero das bacias brasileiras. Não obstante, ainda hoje a bacia é motivadora de inúmeras pesquisas determinantes para um melhor entendimento da geologia local e regional. A Bacia do Araripe tem cinco sequências maiores: Paleozoica, representada pela Formação Cariri; Início de Rifte, constituída pela Formação Brejo Santo e parte inferior da Formação Missão Velha; Rifte, formada pela parte superior da Formação Missão Velha e por toda a Formação Abaiara; e Pós-Rifte, separada em duas sequências — pós-rifte I, constituída pelas formações Barbalha, Crato, Ipubi e Romualdo, e pós-rifte II, caracterizada pelas formações Araripina e Exu. Novos resultados estão incorporados às formações Missão Velha e Abaiara, cuja distinção é demonstrada aqui; também com relação às formações Barbalha e Cariri, novos elementos foram reunidos. Este trabalho foca a viabilidade dos dados, as interpretações propostas conforme as normas estratigráficas e a proposição de uma classificação estratigráfica sequencial.
A Bacia do Sedimentar do Araripe é a maior dentre as bacias interiores do Nordeste do Brasil, posicionando-se sobre terrenos cristalinos pré-cambrianos, contendo rochas magmáticas e metamórficas, litologias pertencentes à Zona Transversal da Província Borborema, a sul do Lineamento Patos e a norte do Lineamento Pernambuco. Paralelamente à evolução dos sistemas de aquisição de dados de sensoriamento remoto, surgiram novas abordagens metodológicas em processamento digital de imagens e melhorias em metodologias já existentes, otimizando assim a extração de informações a partir imagens orbitais e aéreas. A integração de dados de sensoriamento remoto óptico e de radar tem favorecido diversos estudos geológicos desde a década de 1970. O uso das imagens de satélite e de radar tem se tornado cada vez mais frequente em estudos geológicos, hidrológicos, geomorfológicos, ecológicos, dentre outros, em particular para análises tanto quantitativas como qualitativas do relevo e seus agentes modificadores. As imagens do Satélite Landsat e dados da missão SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), devido à disponibilidade gratuita e abrangência global, apresentam atualmente predominância nas diferentes aplicações relacionadas com mapeamentos geológicos. Estudos envolvendo sensoriamento remoto geológico tem sido realizado na Bacia do Araripe desde a década de 1960. Este trabalho tem como objetivo contextualizar o estado da arte do sensoriamento remoto geológico na Bacia do Araripe, caracterizando os seus subdomínios do conhecimentogeomorfológico, ambiental e hidrogeológico, a partir dos principais métodos e resultados encontrados nas publicações pré-selecionadas.
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