No Rio Grande do Sul (Brasil), a lavoura arrozeira é grande consumidora de água e apresenta potencial de contaminação de mananciais hídricos quando a drenagem inicial é realizada. Este trabalho teve como objetivo quantificar o consumo de água do arroz irrigado submetido a sistemas de cultivo (Experimento I) bem como verificar a concentração de nutrientes e de sedimentos em suspensão na água de drenagem inicial no pré-germinado, mix de pré-germinado e transplante de mudas (Experimento II). Os experimentos foram conduzidos em 2000/01 e 2001/02 (Experimento I) e 1999/00, 2000/01 e 2001/02 (Experimento II) em área de várzea em Planossolo Hidromórfico Eutrófico, arênico na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria (RS). No experimento I, o consumo de água no sistema convencional, cultivo mínimo, pré-germinado, mix de pré-germinado e transplante de mudas foi analisado no delineamento experimental em blocos ao acaso, com quatro repetições. O consumo de água não foi afetado pelos sistemas de cultivo variando de 5.431 a 6.422 e de 5.374 a 5.852m³ ha-1, respectivamente para 2000/01 e 2001/02. A quantidade de água necessária para o preparo inicial do solo no pré-germinado e transplante de mudas ou para a formação da lâmina d’água no mix de pré-germinado foi de 1.285m³ ha-1. No experimento II, os três anos agrícolas (1999/00, 2000/01 e 2001/02) com os três sistemas de cultivo (pré-germinado, mix de pré-germinado e transplante de mudas) foram comparados para quantificar as perdas de nutrientes e de sedimentos na água de drenagem inicial. As concentrações de nitrato, fósforo e magnésio na água foram similares entre os sistemas de cultivo. No mix de pré-germinado, a concentração de amônio e potássio foram maiores que no pré-germinado e transplante de mudas, com 3,85 e 7,70mg L-1 respectivamente. Contudo as perdas de nutrientes verificadas estiveram dentro de limites aceitáveis de acordo com a legislação vigente. A turbidez e a presença de sedimentos na água de drenagem inicial foi menor no mix de pré-germinado em comparação com o pré-germinado e transplante de mudas, indicando que a manutenção da água na lavoura nestes sistemas de cultivo é importante para sustentabilidade do ecossistema arroz irrigado e manutenção do potencial produtivo da cultura.
RESUMO Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de diferentes níveis de manejo da água de irrigação, os sistemas de preparo do solo e herbicidas, no índice de área foliar e na altura de plantas do arroz irrigado por inundação. O experimento foi conduzido no ano agrícola 1993/1994, em área da Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS. A cultivar de arroz BR-IRGA-414 foi semeada em linha, em 22 de dezembro de 1993 e o delineamento experimental foi em blocos ao acaso, trifatorial (23) constituído de duas épocas de início da irrigação (15 e 30 dias após a emergência), dois sistemas de preparo do solo (convencional e mínimo) e dois níveis de controle de plantas invasoras (com e sem uso de herbicidas). As épocas de início da irrigação influenciaram no índice de área foliar na fase vegetativa e no final do ciclo da cultura, e a altura das plantas, nas fases vegetativa e de floração. O início da irrigação aos 15 dias após a emergência das plantas proporcionou maior índice de área foliar e altura de plantas, ocasionando maior área fotossinteticamente ativa na fase inicial de desenvolvimento. O sistema de cultivo mínimo proporcionou, na fase vegetativa, maior altura de plantas em relação ao sistema convencional.
Variações na taxa de infiltração de água no solo por ações antrópicas têm alterado o fluxo de água em bacias hidrográficas. Atributos físicos como densidade do solo, macro e microporosidade e condutividade hidráulica saturada estão relacionadas a essas alterações. Com a finalidade de avaliar os solos que apresentam características hidrológicas favoráveis à recarga da água subterrânea, foram coletadas amostras na camada superficial de nove solos da Bacia Hidrográfica do Rio Vacacaí-Mirim–RS. Para as determinações de textura do solo e densidade de partículas foram utilizadas amostras com estrutura deformadas. As amostras não deformadas para densidade do solo, porosidade total, microporosidade, macroporosidade e condutividade hidráulica saturada (K(o)). Os dados dos atributos físicos e hídricos dos solos foram submetidos a análises de correlação e regressão, relacionando-os com a condutividade hidráulica saturada do solo. Os resultados indicam que baixos valores de densidades do solo e altos valores de porosidade total proporcionam maior capacidade de fluxos de água da camada superficial em direção aos aquíferos da bacia estudada.
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