Violência autoprovocada é uma ação consciente de autodestruição que representa um problema de saúde pública. Este trabalho objetiva descrever os aspectos epidemiológicos dos casos de violência autoprovocada em mulheres, notificados de 2009 a 2019, no Maranhão. A metodologia aborda um delineamento transversal e descritivo, com análise de dados secundários de casos, suspeitos ou confirmados, notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificações do DATASUS. Foram notificados 1.907 casos nesses onze anos investigados. O ano de 2019, com 767 casos (40,2%), foi o período com o maior número de notificações, enquanto 2009, com apenas 2 (0,1%), foi o menor. Houve prevalência de vítimas de 20 a 29 anos (32,6%); pardas (71,1%); com baixo grau de escolaridade; em ambiente doméstico (82,9%); por envenenamento (45%); em associação à violência física; sem ser o primeiro episódio (47,9%) e sem registro de evolução do quadro (83,3%), achados consonantes com demais pesquisas. Diante disso, demonstra-se a necessidade do contínuo aprimoramento dos profissionais e da rede pública de saúde para garantir o reconhecimento dos casos e a assistência adequada às vítimas.
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