A s neoplasias representam mais de 20% de todas as doenças testiculares e paratesticulares na infância, mesmo assim são raros, constituindo 1% do total de tumores sólidos pediátricos, com uma incidência anual de 0,5 a 2/100000 meninos. Estes tumores se subdividem em dois grupos: tumores de células germinativas e tumores de cé-lulas não germinativas, podendo ocorrer em todas as idades, mas com dois picos de ocorrência, antes dos três anos de idade e no período pós puberal, dos quais cerca de 75% dos tumores, são malignos, e cerca de 19% destes apresentam metástases 1 . Estes tumores apresentam características bioló-gicas específicas, que se diferenciam das neoplasias testiculares em adultos, devendo assim, serem estudados à parte. Com isso, cinco aspectos devem ser levados em consideração 2 : 1 -Nos adultos, tumores de células não germinativas testiculares são raros, enquanto, entre os meninos, é uma patologia comum, em torno de 25 a 40%; 2 -Seminomas e coriocarcinomas não ocorrem na infân-cia e, por isso, a freqüência relativa dos diversos tipos de tumores germinativos difere da observada nos adultos Os tumores de células germinativas representam 60 a 75% dos tumores testiculares na infância , tendo como principal exemplo o tumor de saco vitelínico (ou tumor do seio endodérmico) (65% das neoplasias), seguido pelos teratomas (14%); apesar de existirem alguns trabalhos em que o teratoma , se apresenta como o mais comum 3,4 . 3 -Algumas vezes, o tumor de saco vitelínico é confundido com o carcinoma embrionário do adulto, no entanto, aquele possui melhor prognóstico, por se apresentar como doença localizada freqüentemente; 4 -Teratomas são considerados doenças benignas, com raros relatos de metástases; 5 -Cerca de 10% dos tumores testiculares são identificados no período neonatal e, neste grupo particular, aproximadamente 2/3 dos casos são representados pelos tumores do estroma gonadal. Lembrando que a forma mais comum de apresentação clínica é de massa testicular indolor 1 (Figura 1). A Seção de Urologia da Associação Americana de Pediatria propôs uma classificação para os tumores testiculares na infância (Tabela 1). Recomenda-se a utilização do estadiamento, segundo o Pediatric Oncology Group (POG) e o Children's Câncer Group (CCG) 5 ,6 (Tabela 2) O tumor de seio endodérmico é o tumor de célu-las germinativas mais recentemente reconhecido. Foi descrito por Schiller, em 1939, no ovário e designado mesonefroma 7 . Também conhecido como tumor do saco vitelínico, tumor de Teilum ou orquioblastoma, é raro na prática clínica, porém é o mais comum tumor maligno testicular na infância, cerca de 70 a 80 % do total. 8,9 . Clinicamente, há um aumento assintomático do testículo acometido, normalmente, antes dos dois anos de idade podendo ter hidrocele associada a alguns casos (15 a 25%), o que, muitas vezes pode retardar o diagnóstico. O testículo afetado adota uma posição mais baixa e verticalizada em relação ao testículo normal contralateral. ,8O aspecto histopatológico destes tumores é muito variado, com formação de micro...
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