O objetivo desse estudo foi descrever a incompletude dos registros de óbitos por covid-19 no Recife, Pernambuco, 2020 e 2021.Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, sobre a incompletude dos óbitos por covid-19 registrados no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). A incompletude das variáveis sexo, faixa etária, raça/cor da pele, escolaridade, situação conjugal e local do óbito foi descrita a partir das frequências absoluta e relativa e dos escores excelente (<5%); bom (5 a 9,9%); regular (10 a 19,9%); ruim (20 a 49,9%) e muito ruim (≥50%). Foram registrados 32.104 óbitos no SIM, sendo 7.194 (22,4%) causados por doenças infecciosas e parasitárias e dentre os pertencentes a esse capítulo CID-10, 5.983 (83,2%) foram por covid-19. Todas as variáveis foram classificadas como excelente, exceto a escolaridade, que passou de regular (13,8%) em 2020 para bom (7,1%) em 2021 com variação de 47,2%. A situação conjugal obteve melhora na incompletude, passando de bom (5,0%) para excelente (1,0%), com taxa de variação de 80,5%. As variáveis sexo, faixa etária e local do óbito apresentaram 100% de preenchimento. A maioria das variáveis apresentou completude excelente, o que evidencia a qualidade dos registros de morte por covid-19, bem como a sua manutenção no contexto de dificuldades vivenciadas na pandemia. PALABRAS-CHAVE: Covid-19. Estatísticas Vitais. Sistemas de Informação em Saúde. Vigilância Epidemiológica.

Este artigo trata da qualidade no cuidado em saúde, trazendo reflexões essenciais e contributivas a todos que se interessam ou lidam com o tema. Foi realizada revisão de literatura e os textos e materiais selecionados foram separados por temas. A exploração textual ocorreu de forma sequencial por 'análise - inflexão - interpretação', e os resultados descritos e organizados abarcando importantes considerações sobre a temática. Três grandes temas são apresentados: o cuidado e a saúde; a qualidade e o cuidado nas práticas de saúde; e, políticas e estratégias de qualificação da atenção à saúde no Sistema Único de Saúde. Discute-se a necessidade premente de um novo olhar acerca das atuais práticas de saúde, com a (re) inclusão do cuidado em suas diversas formas, com vistas às suas interlocução e apropriação no cotidiano de trabalho de profissionais, gestores, assim como de instituições, órgãos e usuários, a fim de promover o direcionamento do cuidado dentro das políticas públicas de saúde.