Este artigo avalia a dinâmica das bacias hidrográficas de Sergipe, a partir dos conflitos socioambientais em torno dos múltiplos usos da água. A pesquisa de abordagem qualitativa foi desenvolvida com base em levantamento bibliográfico, documental e pesquisa de campo entre os anos de 2010 e 2018. Os resultados revelam que os conflitos em torno da atual dinâmica das atividades da agropecuária, do uso de terras; da indústria; da construção civil; do comércio e de outros serviços, dá-se de forma insustentável e compromete a oferta de água nas próximas décadas. Ao final, é apontado que o Estado, a partir das políticas de gestão de recursos hídricos, precisa desenvolver ações de forma integrada, visando à sustentabilidade socioambiental das bacias sergipanas e à minimização dos conflitos existentes.
O capitalismo assume, no Brasil, sua fase monopolista a partir da década de 1940, com destaque para o pós-1960, quando se difunde a “Revolução Verde”. Diante de pacotes verdes que englobavam a entrada massiva de maquinários pesados e o uso de sementes e animais geneticamente modificados, o país torna-se cenário de transformações rápidas e intensas, tanto no espaço rural, quanto no espaço urbano. Nesse ínterim, o presente trabalho é produto do Projeto de Ensino apresentado como requisito parcial à aprovação na disciplina Estágio Supervisionado em Ensino de Geografia III, do Departamento de Geografia, Campus Prof. Alberto Carvalho, da Universidade Federal de Sergipe. O projeto foi direcionado aos discentes do 7º Ano do Ensino Fundamental II do Colégio Estadual Prof. Nestor Carvalho Lima, situado na cidade de Itabaiana-SE. O trabalho teve como objetivo analisar a relação campo-cidade e seus desdobramentos no espaço geográfico a partir da Revolução Verde (1960). O método de análise desta pesquisa foi o materialismo histórico dialético, com o propósito de trazer à tona as contradições engendradas pelas relações existentes entre os espaços urbanos e rurais e baseou-se na abordagem qualitativa, visando abarcar as experiências desenvolvidas ao longo do processo ensino-aprendizagem. Nesse sentido, os alunos compreenderam os conceitos discutidos sobre a relação campo-cidade e seus desdobramentos que auxiliaram no entendimento desses rearranjos materializados no espaço agrário e no espaço urbano, a contribuir no desnudar da relação natureza-sociedade.
A desertificação é um dos cenários de degradação que repercute em todo sistema socioambiental. Tem origem na dinâmica natural e nas ações antropogênicas, visto que a natureza passa a ser explorada de forma exacerbada pela racionalidade econômica, dilapidando mais do que preservando, o que intensifica a crise ambiental. As áreas vulneráveis a desertificação são as que apresentam maior fragilidade climática (distribuição pluvial de forma irregular, ocorrência de precipitações torrenciais e/ou períodos muito secos); solos rasos propensos à erosão, mudanças de organização e de produção espacial (enfraquecimento econômico e emigrações) pelas atividades humanas. Nesse sentido, o objetivo de se desenvolver esta pesquisa é compreender os processos de vulnerabilidades a desertificação no Alto Sertão de Sergipe, tendo por base uma bibliografia pertinente ao tema e levantamentos de campo na área de estudo. No Alto Sertão Sergipano a desertificação é dinâmica e se desenvolve sobre um ecogeossistema frágil, cuja vulnerabilidade é aqui analisada sob o enfoque geográfico.
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