Este artigo ensaístico destrincha as noções de “fronteira” e “luso-africanidade”, abordando alguns casos ancorados na escrita da história de Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau para os séculos XV, XVI e XVII. O fio condutor desta narrativa é o compartilhamento e a circularidade dessas noções, cindido em dois momentos. No primeiro, depreenderemos a noção de fronteira africanista, assim como ela incide nos estudos desenvolvidos pela historiografia norte-americana desde o pós-guerra. Em um segundo momento, introduziremos algumas noções de “luso-africanidade”, chamando atenção para o enfoque dado às práticas identitárias múltiplas. Ao término deste artigo, indicaremos alguns dos riscos e empecilhos que permeiam a noção de luso-africanidade, sendo que o principal deles é a dissolução das diferenças, assimetrias e desigualdades que percorreram os contatos euro-africanos. Como hipótese de trabalho, assumimos que futuras pesquisas realizem mais investigações empíricas, como também sustentem uma postura mais crítica a respeito do hibridismo cultural, da miscigenação sanguínea, das identidades múltiplas, do sincretismo religioso e da fusão social pacífica.
Este texto é uma intervenção crítica baseada na minha experiência em Universidades públicas e privadas. Destarte, problematizo a situação das práticas de leitura e escrita existente nessas duas modalidades de instituição, para depois sugerir que as condições precárias na Educação superior podem implicar uma inclusão excludente. Proponho que a Universidade pública e autônoma exerce um papel importante na transformação e emancipação mentais de educadores e educandos.
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