Terrenos quimicamente degradados por derivados de petróleo constituem o maior número de áreas contaminadas no mundo. Apesar dos riscos ambientais e humanos potenciais associados aos hidrocarbonetos, pesquisas voltadas ao gerenciamento de passivos ambientais desencadeados por postos de serviços ainda são raras no Brasil. O presente trabalho foi desenvolvido no período de agosto/2017 a julho/2018, mediante a análise dos estudos ambientais constantes em 200 processos de licenciamento de postos de serviços existentes na Agência Municipal do Meio Ambiente de Goiânia, Goiás, Brasil. Após a aplicação da Metodologia GAC, cada estabelecimento foi enquadrado em uma das categorias de gerenciamento de áreas contaminadas estabelecidas pela Resolução nº 420/2009, do CONAMA. Do total de processos analisados, 22% dos empreendimentos foram classificados como Áreas Suspeitas de Contaminação, 11,5% como Áreas Contaminadas sob Investigação, 7,5% como Áreas Contaminadas sob Intervenção, 1,5% como Áreas em Processo de Monitoramento para Reabilitação e 57,5% como Áreas Livres de Contaminação. A espacialização dos resultados possibilitou identificar quatro aglomerados de terrenos demandantes de ações gerenciais prioritárias por parte da municipalidade, dados os riscos de exposição ambiental e humana às substâncias químicas de interesse. Considerando a contínua expansão da rede de postos de serviços em Goiânia e nos demais núcleos urbanos do país, bem como os desafios de gestão associados aos passivos ambientais oriundos do setor, fica evidente a necessidade de aplicação de medidas gerenciais sistêmicas visando, acima de tudo, a reintegração ao tecido urbano dos terrenos impactados.
Os microplásticos (MPs) são partículas plásticas com dimensões inferiores a 5 mm, com potencial significativo para adsorver e transportar Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs) para o meio aquático, onde podem ser ingeridos por organismos, e, portanto, inseridos na cadeia alimentar. Inúmeras são as fontes de MPs, como por exemplo, as indústrias de pellets plásticos, a fragmentação dos macroplásticos e as fibras sintéticas advindas das lavagens de roupas. As lavanderias industriais apresentam alto potencial para emitir fibras plásticas no ambiente aquático por meio do efluente, pois durante o processo de lavagem dos artigos têxteis, ocorre o desprendimento de fibras sintéticas devido ao atrito exercido dentro da lavadora. Até o momento, não há trabalhos científicos que estimem a contribuição de fibras sintéticas liberadas por lavanderias têxteis industriais na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Goiânia. Baseado neste contexto, o intuito do presente trabalho foi de forma pioneira quantificar a concentração de fibras sintéticas, classificadas como microplásticos, emitidas por lavanderias industriais no sistema público de tratamento de esgoto da capital, assim como seus respectivos riscos à saúde humana e ao meio ambiente. A metodologia empregada baseou-se no levantamento e análise das informações contidas nos processos de licenciamento ambiental das lavanderias junto a Agencia Municipal do Meio Ambiente (AMMA) de Goiânia. Além disso, realizou-se uma pesquisa aprofundada em estudos publicados na literatura técnica e científica sobre a temática dos microplásticos, a quantidade de fibras recebidas e descartadas em ETEs e lavanderias e seus possíveis impactos. Apenas 37 lavanderias foram identificadas através da coleta de dados realizada na AMMA, dessas 14 tiveram seus processos físicos de licenciamento analisados e 11 informaram a vazão. Observou-se que de 26,4 a 52,9 bilhões de fibras podem estar contidas no efluente bruto total recebido diariamente pela ETE de Goiânia, das quais de 120 a 172 milhões são provenientes das 11 lavanderias analisadas, representando de 0,23% a 0,65% das fibras presentes no efluente bruto recebido pela ETE de Goiânia. Os microplásticos podem exercer efeitos adversos tanto no solo quanto na biota. Alguns estudos evidenciaram influência negativa dos MPs na taxa de crescimento, no sistema reprodutivo e no sistema gastrointestinal de alguns organismos. Os MPs foram encontrados até em fezes humanas. Por meio desse trabalho, foi possível apresentar uma estimativa do percentual de MPs contidos no efluente bruto e tratados e no lodo da ETE de Goiânia. Assim como no efluente de lavanderias industriais, apesar de provavelmente ter sido subestimado.
Os altos padrões de consumo observados na atualidade mostram-se predatórios e acabam produzindo novos problemas globais. Questões relacionadas à preservação ambiental e ao uso consciente de recursos naturais têm impulsionado o aumento de práticas sustentáveis. Pensando nisso, o presente artigo apresenta um roteiro pedagógico para o dimensionamento de projetos de sistema de aproveitamento da água da chuva e de energia solar para residências unifamiliares, a fim de torná-las mais sustentáveis possível, isto é, a casa ser capaz de produzir, na sua totalidade ou em parte, os seus principais insumos: água, energia térmica e elétrica. O dimensionamento desses sistemas é feito a partir do entendimento físico e matemático dos fenômenos ali desenvolvidos e apoiado nas recomendações da normalização técnica pertinente, cujas variáveis ambientais precipitação e irradiação solar são as fontes que alimentam esses sistemas. A análise de abordagem qualitativa e quantitativa fundamentou-se na modelagem matemática para auxiliar na avaliação econômica sob a ótica de investimento. Dessa forma, pretende-se diminuir a dependência dos serviços prestados pelas concessionárias de abastecimento de água e de energia elétrica, sensibilizar a população acerca da importância de preservar os recursos naturais e do uso de novas soluções individuais, bem como avaliar os mecanismos econômicos que incentivam a disseminação de projetos sustentáveis em residências unifamiliares.
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