Objetivos: Analisar os níveis de degradação da matriz extracelular (MEC) na urina de pacientes com DPOC e suas correlações com o prova de função pulmonar. Métodos: pacientes com DPOC (n=20) e indivíduos saudáveis (n=10) foram selecionados e submetidos à prova de função pulmonar por teste espirométrico. A degradação da MEC foi avaliada nas amostras de urina do grupo DPOC e controle por duas estratégias: dosagem de hidroxiprolina, para avaliar a degradação do colágeno; e, determinação da concentração dos fragmentos de elastina por ELISA, utilizando anticorpos anti-elastina. Resultados: A diferença entre a concentração dos níveis de hidroxiprolina não foi diferente em comparação ao grupo controle. Entretanto, observou-se que a concentração dos fragmentos de elastina em pacientes com DPOC foi extremamente significante (p=0,002) em relação ao grupo controle e se correlacionou negativamente com o parâmetro VEF1 da prova de função pulmonar. Conclusão: Esses resultados abrem perspectivas para a caracterização dos produtos de degradação da MEC por espectrometria de massas (MALDI-TOF/LC-MS/MS), uma tecnologia altamente específica e sensível para a determinação das seqüências de aminoácidos de peptídeos de interesse.
RESUMO: O aumento da expressão das metaloproteinases da matriz extracelular (MPM) é considerado um importante fator no desenvolvimento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). O presente estudo teve como objetivo avaliar os níveis de expressão da MPM-2 e MPM-9 na saliva de pacientes com DPOC em comparação com indivíduos saudáveis, verificando a viabilidade de usar a saliva para a caracterização de biomarcadores específicos em DPOC. Foram selecionados pacientes com DPOC (n=16) e controles saudáveis (n=9). Em ambos os grupos foram realizados teste espirométrico e obtidas amostras de saliva de cada indivíduo. Os níveis de MPM-2 e MPM-9 na saliva foram determinados pela técnica Western blot. A MPM-2 e a MPM-9 foram significativamente maiores em pacientes com DPOC do que no grupo de indivíduos saudáveis. Foi encontrada moderada correlação negativa entre a concentração de MPM-2 e o volume expiratório forçado no primeiro segundo (r= -0,582, p=0,014) em pacientes com DPOC. Estes resultados abrem novas perspectivas para o estudo específico de biomarcadores na saliva para predizer e monitorar a obstrução ao fluxo aéreo em pacientes com DPOC. DESCRITORES: Doença pulmonar obstrutiva crônica; Metaloproteinase 2 da matriz; Metaloproteinase 9 da matriz; Saliva ABSTRACT: The increased expression of matrix metalloproteinases (MMP) is considered a key factor in the development of chronic obstructive pulmonary disease (COPD). This study aimed at assessing expression levels of MMP-2 and MMP-9 in saliva from patients with COPD, comparing them to those of healthy subjects, thus assessing the feasibility of characterizing specific biomarkers for COPD. Patients with COPD (n=16) and healthy controls (n=9) were selected; both groups submitted to spirometry and to collection of saliva samples. Saliva levels of MMP-2 and MMP-9 were determined by Western blot. MMP-2 and MMP-9 levels were significantly higher in COPD patients than in control subjects. In COPD patients, a moderate, negative correlation was found between MMP-2 concentration and forced expiatory volume at the first second (r= -0.582; p=0.014). These findings open new perspectives to study specific biomarkers in saliva to predict and monitor airway obstruction in COPD patients. KEY WORDS: Matrix metalloproteinase 2; Matrix metalloproteinase 9; Pulmonary disease, chronic obstructive; Saliva Fisioterapia e Pesquisa, São Paulo, v.16, n.4, p.299-305, out./dez. 2009
Evidências consistentes apoiam a reabilitação pulmonar no manejo de pacientes com doenças respiratórias crônicas, mostrando que ela é eficaz em reduzir o sintoma de dispneia, aumentar a tolerância ao esforço e melhorar a qualidade de vida dessa população. Objetivamos avaliar a frequência da prescrição, o perfil dos pacientes, bem como o tipo de recomendação acerca da atividade física no contexto da reabilitação pulmonar. Nesse sentido, 40 médicos pneumologistas responderam um questionário fechado sobre a abordagem terapêutica de pacientes pneumopatas crônicos. Pouco mais da metade da amostra avaliada recomenda reabilitação pulmonar aos seus pacientes. Essa recomendação tem sido predominantemente endereçada a pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica. A caminhada livre constitui a atividade mais encorajada por esses profissionais. Esforços são necessários para incorporar a reabilitação pulmonar precoce em pacientes, após exacerbação aguda da doença, e aumentar a iniciativa de estimular a mudança de estilo de vida na prática clínica de pneumologistas.
Introdução: A osteoartrose é uma doença inflamatória, degenerativa e progressiva que causa dor, incapacidade funcional e imobilidade. Havendo insucesso do tratamento conservador, é indicada a Artroplastia Total de Joelho (ATJ). Objetivos: Analisar o impacto da saída precoce do leito no pós-operatório (PO) e identificar quais motivos retardam esse processo. Metodologia: Estudo prospectivo e experimental com pacientes submetidos a um protocolo de mobilização precoce pós ATJ, de julho/2014 a março/2015. A estatística utilizou testes de Fischer e T de student não pareado. O nível de significância foi de 5% e os dados apresentados como média e desvio padrão. Resultados: Amostra de 30 pacientes, idade 67,5±7,4 anos, 80% sexo feminino, osteoartrose como etiologia para ATJ. O grupo NS (não saíram do leito no 1ºDPO) teve mais dor (PO imediato 6.4±4.1 contra 3.3±3.5, p=0.03; 1°DPO 7.1±3.2 contra 3.8±3.5, p=0.01; 2°DPO 5.7±3.2 contra 2.1±2.4, p=0.00; 3ºDPO 4.6±2.8 contra 1.7±2.4, do grupo SS, p=0.003) que o grupo SS (saíram do leito no 1ºDPO). SS seguiu o protocolo com maior frequência (p=0.003), a média de permanência hospitalar foi maior no grupo NS (5±2.5 contra 2.8±0.8, p=0.00) e a quantidade de atendimentos de Fisioterapia foi maior no grupo NS (9.5±5.7 contra 4.7±1.7, p=0.00). O motivo mais frequente de impedimento para a saída do leito no 1°DPO foi a não liberação médica (62%), seguido por indisposição, falta de prescrição de fisioterapia e dor. Conclusão: O protocolo foi benéfico em relação à dor, capacidade funcional e tempo de internação, podendo reduzir custos hospitalares.
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