A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária e um dos principais desafios do seu tratamento é o desenvolvimento de inibidores. O objetivo desse trabalho foi discutir a literatura que trata da presença de inibidores face à abordagem diagnóstica, terapêutica e impacto na qualidade de vida. Trata-se de um estudo de revisão composto por 81 artigos, utilizaram-se os descritores "Hemofilia" e "Inibidores dos Fatores da Coagulação". Conclui-se que o desenvolvimento de inibidores reflete a interação entre vários fatores como mutação genética, resposta imune, moduladores, além de alterações adquiridas. Implica em importante desafio no cenário terapêutico e impacto na qualidade de vida dos pacientes hemofílicos.
As hemofilias são doenças hemorrágicas determinadas pela deficiência de fator VIII (hemofilia A) ou fator IX (hemofilia B) da coagulação. Foi objetivo de esse estudo analisar o impacto da hemofilia nas atividades escolares, laborais e de lazer de pacientes atendidos no Hemocentro Regional de Montes Claros/MG. Trata-se de estudo transversal, descritivo, quanti- qualitativo realizado a partir de entrevista e dados de prontuários. Os dados foram submetidos à análise estatística. Participaram da pesquisa 22/43 indivíduos masculinos, maiores de 18 anos, com hemofilia. A faixa etária variou de 20 a 54 anos. A maioria (10/22) apresenta a forma moderada e 4/22 grave. Um participante apresentava inibidor de alto título. Prevaleceu à escolaridade de segundo grau incompleto (5/22), atividade remunerada (12/22), aposentados (8/22). A renda informada foi de um salário mínimo para 40,9%. A principal intercorrência registrada foram hemartroses (17/22), principalmente de joelhos e cotovelos. No grupo 40,9% realizam atividade física regular e as atividades de lazer mais citadas foram assistir filmes, TV, computador e jogos on line. A maioria se declara solteiro (68,2%) e os que têm filhos correspondem a 36,4%. Discussão: As intercorrências hemorrágicas na hemofilia pioram a qualidade de vida. Nesse estudo, 36,4% participam do programa de profilaxia secundária/ terciária com fator VIII ou IX. O início precoce de profilaxia primária (Ministério da Saúde, 2015) e a adesão dos pacientes, permitem resultados promissores, reduzindo particularmente as artropatias degenerativas, muitas vezes incapacitantes (Bezerra, 2022). Conclui-se que a hemofilia interfere nas atividades escolares, laborais e de lazer, sendo os programas de profilaxia, DDU e acesso a atendimento multiprofissional determinante para a melhor qualidade de vida desses pacientes.
Este estudo analisou indicações e eventos adversos transfusionais que ocorreram no Hospital Universitário Clemente Faria, localizado em Montes Claros/MG. Foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, quantitativo e descritivo. Foram coletados dados de prontuários, registros do setor de prova cruzada e ficha de notificação de eventos adversos transfusionais. A pesquisa teve a aprovação do CEP da UNIMONTES. No período de 11/2018 a 06/2019 foram transfundidos 1592 hemocomponentes no HUCF, concentrado de hemácias (54,6%), 545 plaquetas (34,2%), 125 plasma fresco congelado (7,9%) e 53 crioprecipitados (3,3%). Entre os concentrados de hemácias transfundidos, 5,4% eram desleucocitados, 6,9 % irradiados/desleucocitados e 2,4% desleucocitados/ fenotipados. Foram notificados 13 eventos adversos imediatos correspondendo a 12,3/1000 transfusões realizadas. A classificação das reações foi distribuída em oito reações febris não hemolíticas (leves), dois alérgicas (leve), um TRALI- improvável (grave), um dispneia associada à transfusão- improvável (moderada) e outras- dor aguda relacionada (leve). Os concentrados de hemácias foram os mais relacionados com as reações adversas (10/13) e a sequir as plaquetas (3/10). Os parâmetros esperados conforme relatório de hemovigilância (2016) define a média de cinco reações/ 1000 transfusões realizadas. Trabalhos publicados demonstraram frequências variadas. Não foram identificados eventos adversos tardios. Apesar da existência de procedimentos padronizados e evidência de treinamentos periódicos, acredita- se que haja subnotificação de eventos adversos transfusionais. Conclui-se que a terapêutica transfusional exige treinamentos e procedimentos bem definidos, além de hemovigilância e notificação de eventos adversos.
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