Em busca de estratégias de solução para a crise socioambiental planetária, este é um trabalho teórico com objetivo de se aprofundar no entendimento sobre a interpretação ambiental no ecoturismo. Sendo ela um instrumento da Educação Ambiental crítica em unidades de conservação, visa-se contribuir para a edificação de sociedades sustentáveis e, assim, definir critérios para analisar o plano interpretativo do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos. Através de uma análise qualitativa de dados, percebe-se que, para os planos interpretativos potencializarem o ecoturismo como uma atividade de impacto socioambiental positivo, refletindo em contribuições para transformações socioculturais profundas, eles precisam estar alinhados a princípios educadores ambientalistas, ou seja, à Educação Ambiental crítica.
ResumoEspinosa nunca explicitou uma teoria sobre educação. Contudo, a leitura da sua obra dános pistas para pensar a educação. A via para o conhecimento, que implica a interação de aspectos cognitivos e afetivos, dá-se como encontro daquele que se conhece com o conhecido, resultando no verdadeiro conhecimento, o qual é indissociável da felicidade suprema e do aumento de potência. O ignorante e o sábio são duas figuras extremas do devir-ético enquanto possibilidade de transformação inerente à existência humana, permitindo-nos refletir sobre a relação ensino/aprendizagem. Palavras-chave: Educação; Espinosa; Ensino/Aprendizagem. AbstractDespite the absence of an explicit theory of education in Spinoza's work, one can find there interesting clues to think critically about education. The way to true knowledge, one that implies the interaction of cognitive and affective elements, configures itself by means of the encounter between the one who knows himself and what is known. This encounter provides at the same time the experience of true knowledge, happiness and the increase of power. The ignorant and the wise men are the two extremes of this ethical itinerary, understood as the possibility of transformation inherent to human existence. It is from this perspective that a reflection on the dual relation of teaching/apprenticeship is proposed.
Esta pesquisa é um estudo de caso, cujo objetivo é realizar um diagnóstico qualitativo do caráter participativo do processo de elaboração do Plano Interpretativo (PI) do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, Brasil, o qual foi elaborado entre os anos de 2017 e 2018. Para tanto, foram utilizadas três fontes de evidência: documentação, observação assistemática, e entrevistas semiestruturadas, realizadas no mês de abril de 2022. Dentre os entrevistados, estão servidores do ICMBIO que coordenaram o processo e colaboradores locais representantes das treze instituições participantes da elaboração do PI. A perspectiva teórica escolhida para análise dos dados coletados foi a educação ambiental (EA) crítica, que forneceu a chave avaliativa aqui utilizada: quanto mais uma prática reflete os princípios da EA crítica, mais ela será capaz de transformar valores sociais e de enfrentar os problemas planetários da atualidade. Os resultados mostram que a atividade de interpretação ambiental (IA) tem ganhado destaque dentro do ICMBIO na medida em que há aumento da visitação em Unidades de Conservação (UCs) e há preocupação com os impactos ambientais gerados pelos turistas. Ademais, foi constatado que a gestão da UC em questão tem grande mérito na elaboração deste PI, pois criou a oportunidade e estimulou o engajamento dos participantes no processo. Além disso, foi unanimidade nos relatos que todos os participantes se sentiram ouvidos, com liberdade e espaço para se colocarem nas oficinas. Contudo, notou-se que faltou uma melhor compreensão dos participantes das oficinas de elaboração do PI sobre a IA. Também consensual foi a percepção de que dois dias para as oficinas foi pouco, e que se faria necessário o envolvimento de mais pessoas da comunidade local no processo. Constatou-se também falha no pouco retorno sobre os resultados oferecidos aos colaboradores locais. A equipe do ICMBIO que coordenou as oficinas utilizou uma metodologia direcionada ao envolvimento emocional, focada em “provocações”; ela foi, por isso, bem avaliada pelos participantes. Todavia, constatou-se que a sensibilização obtida como resultado do processo foi pontual e efêmera. Nosso principal diagnóstico é que, ao não vincular o PI a um caráter educativo mais profundo, conforme os princípios da EA crítica, perdeu-se a oportunidade de estimular os participantes a questionar mais direta e profundamente certos valores e princípios da sociedade. Isso de modo a contribuir para a um maior esclarecimento e engajamento dos sujeitos em transformações estruturais exigidas pela busca de soluções para problemas ambientais atuais, na perspectiva da transição para sociedades sustentáveis.
Esse texto apresenta uma análise da formação de formadores em educação ambiental (EA) desenvolvida pelo Coletivo Educador Ambiental de Campinas (COEDUCA), estimulada por uma política pública no Brasil. O objetivo foi formar educadoras/es ambientais numa perspectiva crítica, libertária e emancipatória, buscando conferir maior poder de regulação da sociedade sobre o Estado, ou seja, formar cidadãs e cidadãos atuantes na defesa e ampliação de seus direitos e que se autodeterminam a agir para, assim, contribuir com a construção de sociedades sustentáveis. O foco analítico é o aumento e/ou diminuição da potência de agir.
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