O presente estudo teve como objetivo refletir acerca da experiência de trabalho no Exército Brasileiro e seus efeitos na subjetivação de militares- músicos, identificando suas estratégias de acomodação, resistência e singularização (invenção de vida) para lidarem com o modelo disciplinar e vigilante da instituição. Participaram deste estudo, de caráter qualitativo, descritivo e exploratório, sete sargentos músicos, pertencentes a uma banda de música do exército de uma cidade do Rio Grande do Sul, no Brasil. Para se aproximar das experiências dos participantes, utilizou-se a técnica de grupo focal. As análises foram construídas considerando a noção de poder, especialmente a partir do referencial foucaultiano, e autores do campo das representações sociais. Foi percebida uma distinção entre ser músico ou militar músico, além de um forte sentimento de desvalorização dos militares-músicos. Concluiu-se que a música é um dispositivo importante para a saúde mental dos trabalhadores no exército, propiciando processos de resistência e a permanência em contexto militar.
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