For decades now, in the context of teacher education, we have been discussing the importance of paying attention to the fast and profound changes both in society and in people’s personal lives, as a consequence of the widespread use of new digital technologies. Yet, not much has changed in schools, where traditional teaching still rules. Students continue to be more knowledge consumers than active knowledge producers; besides, the use of technology for educational purposes remains as either a threat or an unattainable goal. However, the COVID-19 pandemic has compelled educational institutions to rethink the role of technology in education. In this article, we comment on the crisis that has struck higher education and how it has set our institutions and ourselves, as professors and teacher educators, into a deep process of rethinking our past practices and reimagining our future.
Neste artigo, faço uma análise de discurso crítica da capa da edição 1752 da Veja, com base em recursos fornecidos pela Gramática do Design Visual. A capa analisada é a primeira das dezessete capas da Veja que compõem um dos corpora de minha tese de doutorado, em que investigo como a Veja representou Lula de 2002 a 2006. Minha análise demonstra que a Veja materializou o discurso do medo, tanto visualmente quanto verbalmente, em sua primeira representação da trajetória política de Lula como um dos candidatos à presidência do Brasil na campanha eleitoral de 2002.
Pensar, analisar e debater políticas linguísticas e educacionais, oficiais e oficiosas, como a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o Movimento Escola sem Partido (MESP) nos levam a entender que nosso desafio nesta tarefa não está naquilo que é aparentemente visível em cada uma dessas propostas. Nesse sentido, buscamos destrinchar e problematizar as intenções e os efeitos no mundo das políticas mencionadas, uma vez que elas não são fatos, mas processos em construção social. É na multiplicidade de contextos, práticas, discursos e análises que se encontram as duas entrevistas e os quinze artigos que compõem este dossiê. Cada autor e autora deste volume contribui para este exercício de reflexão no qual o dissenso e o caos não deixam de existir e exigem de nós engajamento, criticidade, ação. Nessa multiplicidade, as/os participantes deste dossiê nos ajudam a ampliar os espectros de discussão e de análise sobre a questão das políticas linguísticas - oficiais ou oficiosas, como macro ou micropolíticas, no texto da legislação ou no chão da escola. As autoras e autores nos presenteiam aqui com suas pesquisas em diferentes cenários, espaços espectros. Temos artigos que se voltam a discussões sobre a questão das línguas (Portuguesa, Inglesa, Espanhola, Francesa, Libras) na BNCC; outros tratam do estatuto das línguas (se estrangeira, adicional, materna, não materna, franca, de fronteira, etc.); e, outros ainda, analisam silenciamentos, resistências, omissões, ausências e/ou apagamentos de línguas, saberes e subjetividades nas políticas que analisam. Há artigos também que buscam pensar a BNCC nos diferentes segmentos educacionais, como a Educação Infantil, o Ensino Fundamental, o Ensino Médio, o Ensino Médio Integrado, bem como a Educação Profissional e Tecnológica de Nível Médio. Há ainda artigos que discutem a relação entre a BNCC e o MESP e/ou analisam as próprias ações promovidas pelo MESP, nos oportunizando diferentes reflexões sobre os impactos de ambas as políticas na atualidade. Outras temáticas atravessadas pela pesquisa no campo das políticas linguísticas pautam-se em conceitos mais amplos, como ideologia, globalização, neoliberalismo, direitos humanos, etc., e/ou conceitos voltados à educação linguística, como os gêneros discursivos, os letramentos, as práticas de escrita e oralidade na escola. Além disso, o dossiê nos traz a oportunidade de reflexão sobre a importância da formação de professores na área de estudos da linguagem. Esperamos que a leitura dos artigos contribua para a reflexão sobre a relevância da pesquisa e da discussão no campo das políticas linguísticas, que afetam nosso cotidiano, nossas escolas, nossa profissão como professoras/es, nossa vida e existência.
Entrevista realizada com a Professora Dr.ª Mônica Ribeiro da Silva.Mônica Ribeiro da Silva realizou pós-doutorado na Faculdade de Educação da UNICAMP, doutorado em Educação: História, Política e Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, mestrado em Educação: Fundamentos da Educação pela Universidade Federal de São Carlos e graduação em Pedagogia com habilitação em Administração Escolar pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Atualmente é professora na Universidade Federal do Paraná e atua nos cursos de formação de professores e no Programa de Pós-Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado. Mônica tem interesse no campo de pesquisa em Políticas Educacionais com ênfase para o Ensino Médio e na avaliação de políticas públicas, coordena o Grupo de Pesquisa Observatório do Ensino Médio e atua como vice-líder do Grupo de Pesquisa EMPesquisa - Pesquisas sobre Ensino Médio com sede na Unicamp. Além disso, é integrante do Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio e bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
Em sentido aristotélico, somos todas/os seres políticos, porque nossas ações são sempre fruto de escolhas. Definições relativas a línguas, portanto, sejam elas oficiais ou não, constituem políticas linguísticas (RAJAGOPALAN, 2013) e a comunidade acadêmica constitui-se como um importante agente no processo de realização de políticas enquanto textos e práticas (GIMENEZ, 2013). Considerando tal responsabilidade, e entendendo que a crescente polarização política e a intensificação de políticas neoliberais que temos vivenciado no Brasil nos últimos anos produziram condições favoráveis para a publicação de uma Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e o fortalecimento do Movimento Escola sem Partido (MESP), em 2019, propusemos um curso de extensão na área de formação de professoras/es de línguas, intitulado: Desafios no ensino de línguas na contemporaneidade: da BNCC ao Escola sem Partido. O objetivo de nosso curso foi aproximar nossas discussões na universidade das discussões nas escolas de Educação Básica, para debater e criar inteligibilidades, à luz da Linguística Aplicada, sobre nossas práticas atravessadas por políticas educacionais e/ou linguísticas - especialmente em relação à BNCC e ao MESP. Neste texto, fruto de nossos diálogos e reflexões antes, durante e após nosso curso de extensão, trazemos, primeiramente, algumas considerações sobre como temos lido questões sociais e políticas que, no nosso entender, servem como contexto para documentos como a BNCC e propostas como o MESP. Em seguida, buscamos apontar similaridades entre essas políticas, relacionando-as com nosso momento presente, na sociedade brasileira e no contexto neoliberal que atravessamos nesta fase da globalização. A nosso ver, a formação de professoras/es precisa atuar mais ativamente no questionamento e na desnaturalização da ordem social que, em nome da neutralidade, reproduz desigualdades e violências de diferentes ordens. Para isso, entretanto, é preciso considerar criticamente e reflexivamente nossa atualidade, o que exige maior proximidade com outras esferas sociais. Desse modo, ao compartilhar reflexões informadas pela Linguística Aplicada e atravessadas por vozes de outras/os professoras/es, esperamos contribuir com esta reflexão, questionamento e problematização necessários para enfrentarmos os desafios que nossa contemporaneidade nos clama a enxergar e atuar.
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