Este artigo tem como objetivo revisitar a metodologia empregada por Durham (1901) para descrever a origem das orações substantivas de subjuntivo, a partir do latim de Plauto. Seu objetivo era encontrar exemplares plautinos que pudessem figurar um suposto estágio paratático da língua, do qual teria surgido a hipotaxe em latim. Sendo sua metodologia pouco detalhada e precisa, visou-se aprofundá-la e especificá-la, utilizando instrumental de teorias linguísticas não disponíveis à época, notadamente os conceitos de enunciação, atos de fala e teoria pragmática no geral. Concluiu-se que algumas condições de “harmonização” entre dois verbos paratáticos precisariam ser cumpridas para que o expediente de Durham fosse executado, a fim de se explicar como dois verbos em parataxe podem ser reanalisados em hipotaxe. O artigo segue com algum criticismo sobre o pressuposto de um estágio paratático do latim, algo fundamental à teoria dele. Por fim, uma brevíssima exposição de outra possível abordagem sobre o conjunto de dados por ele recolhido é apresentada, uma visão sincrônica, quantitativa e distribucional.
Esse trabalho busca oferecer algumas aproximações entre asobras Dáfnis e Cloé, de Longo, e as Bucólicas, de Virgílio, centrandose,ao fim, na análise de um trecho daquele em que se pode fazeruma leitura metalinguística embasada no uso de certos elementos datradição compartilhados e desenvolvidos pelos poemas virgilianos. Apartir da aplicação dos tria genera dicendi a personagens, presente emcomentadores, nota-se o compartilhamento, entre os autores, de umahierarquia entre cabreiros, ovelheiros e boieiros, que se estende tambémà poética. Por meio da análise vocabular do texto de Longo, é possíveldepreender que, ao evocar essa hierarquia pastoral num contexto decomentário sobre composição poética, Longo estaria comentando suaprópria composição, e como ela, um romance grego de amor e bucólico,se articula com as definições genéricas tradicionais como um gêneromúltiplo, híbrido.
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