Um tema de destaque atual na arquitetura e construção é a captura da realidade, um processo de digitalização do mundo real usando diferentes tecnologias de medição 3D, permitindo a expressão da realidade em diferentes etapas de um projeto e consistindo em uma ferramenta importante na construção de sistemas BIM (Building Information Modeling). Um dos principais equipamentos na obtenção destes dados 3D são os Lasers Scanners Terrestres (LST) que permitem a geração das nuvens de pontos. Entretanto, como todo instrumento de mensuração, os LST e a prática de varredura laser apresentam limitações. Sendo assim, as observações coletadas contêm incertezas que devem ser avaliadas para utilização como dados na modelagem digital do objeto de interesse. Desta forma é preciso avaliar a qualidade posicional das coordenadas obtidas em um levantamento laser para que seja possível entender como se propagarão no produto final. Neste trabalho é apresentada uma metodologia de verificação da qualidade das coordenadas de uma varredura laser terrestre, utilizando o LST BLK360 Leica. Foram empregados pontos de controle para o registro e determinação do sistema de referência dos dados. Posteriormente, as coordenadas dos pontos de verificação, registradas nas nuvens de pontos, foram comparadas com os dados obtidos por um levantamento topográfico com a estação total Leica TS15 de alta precisão, e avaliados estatisticamente. A estimativa da qualidade da nuvem registrada passa pela interpolação das coordenadas dos centros dos alvos de controle, pois estas são comparadas com as coordenadas obtidas através de posicionamento por irradiação tridimensional, empregando-se a estação total. O método de interpolação e a densidade da nuvem tiveram influência na avaliação da qualidade posicional na nuvem registrada, sendo que se utilizando alta densidade de amostragem com o LST e interpolação, através dos valores médios para as coordenadas dos alvos, a qualidade do posicionamento foi melhor que 6mm para o presente estudo de caso.
É cada vez mais necessário que processos usados em instrumentação geodésica sejam automatizados, visando a eficiência e redução de tempo de execução. No Brasil e no mundo há diversas normativas que se atém a esta temática, estabelecendo os procedimentos em campo e laboratório para a classificação da componente angular de instrumentos geodésicos. É neste contexto que esta pesquisa projetou e implantou um sistema de classificação da componente angular horizontal de teodolitos e estações totais em laboratório, conjuntamente com a automação do processo de cálculo e emissão de certificado de classificação. Para viabilizar essa proposta, foi reproduzida a mesma condição estabelecida pela NBR 13133/1994 (atualizada em 2021), para uma base de classificação de campo, porém em laboratório, utilizando colimadores para a definição de pontos que serão ocupados pelos alvos (visados). Estes colimadores foram instalados em uma plataforma de concreto, todos no mesmo plano horizontal, de forma que o ângulo horizontal formado entre o primeiro colimador e o último, foi maior que noventa graus. Para garantia da manutenção do mesmo plano horizontal utilizou-se um nível geodésico N3 da Wild. Ao final do processo de coleta de dados (após leituras/medições), estes dados foram inseridos de forma manual pelo operador ou por meio de upload de arquivo com extensão .txt, realizando por meio do MATLAB® (MATrix LABoratory), os cálculos oriundos da Norma e que resultou na emissão automática de um certificado de classificação da componente angular horizontal do instrumento.
Neste estudo foi avaliada a qualidade geométrica no mapeamento do painel "O Tempo e a Vida" realizado através de imagens TOF tomadas com a câmara CamCube 3. Para isto, foi analisado o tempo de integração adequado para a tomada das imagens com distâncias variando de 1 a 6 metros. Realizou-se a filtragem estatística das nuvens de pontos para a remoção de outliers. Foi testado o registro geométrico com o algoritmo ICP utilizando sobreposição de 52 e 84 % entre as nuvens de pontos adjacentes, respectivamente nos Experimentos 1 e 2 realizados. As nuvens de pontos registradas foram transformadas em duas ortoimagens para avaliação da acurácia planimétrica, resultando em RMS de 1,5 e 1,2 cm. Estes valores correspondem às escalas de mapeamento 1:100 e 1:50 especificadas pela ASPRS (1989). Com a avaliação da acurácia global foi verificado que as nuvens de pontos podem ser geradas com erro esperado de 1,5 cm. Se for utilizada alta sobreposição entre as imagens TOF para a realização do registro geométrico, conforme o Experimento 2, o erro esperado pode diminuir para 1,0 cm. De acordo com especificações do comitê internacional CIPA (1981), estes valores possibilitam mapeamentos na escala 1:50 visando a documentação para conservação e restauração de fachadas arquitetônicas e monumentos.
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