Esta pesquisa ocorreu no segundo semestre letivo de 2020, do curso Licenciatura em Matemática, no Instituto Federal do Espírito Santo – Campus Vitória. Logo no primeiro contato com os discentes, vários relataram que não tiveram aulas de Educação Financeira, durante a Educação Básica. Para isso, foram planejados três questionários com perguntas acerca da Educação Financeira Escolar. Neste artigo, objetiva-se analisar os significados produzidos pelos licenciandos no terceiro questionário. Para contemplar esse objetivo, adota-se o Modelo dos Campos Semânticos como referencial teórico, para realizar as análises, efetuando leituras globais e locais em cada situação. Mesmo com as aulas sendo realizadas de maneira remota, devido à pandemia da Covid-19, as interações nos momentos síncronos subsequentes aos questionários foram produtivas, com os próprios discentes retomando tópicos apresentados nos questionários. Os significados produzidos nesta pesquisa mostraram possíveis caminhos iniciais a serem trilhados em uma possível proposta de curso ou aulas de Educação Financeira nas escolas.
No presente artigo abordamos algumas ideias pertinentes ao Modelo dos Campos Semânticos (MCS) e utilizamos resíduos de enunciação de um episódio de aula de Trigonometria para discutirmos nosso entendimento a respeito de conhecimento, leituras (plausível e positiva), significado, produção de significado, estipulação local, enunciação e resíduos de enunciação. Tomamos como base um dos alicerces teóricos de suporte ao Modelo, explicitado na psicologia pedagógica proposta por Davydov. No que se refere à visão de conhecimento, além da concepção apresentada por R. C. Lins, também destacamos as apresentadas por Foucault e Nietzsche, não no sentido de confrontá-las, mas de examiná-las para que pudéssemos efetuar uma leitura positiva das enunciações do ator durante processo, com vistas a tentar compreender os significados produzidos por tal ator, bem como a maneira de operar desse sujeito da pesquisa.
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