Este estudo tem como objetivo avaliar as mudanças ocorridas em instituições bancárias brasileiras tradicionais em direção ao empreendedorismo digital, em decorrência da pandemia de COVID-19. A pesquisa é de natureza qualitativa e exploratória e foi realizada nas instituições Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e avaliados sob a ótica do empreendedorismo digital e do isomorfismo institucional. Os resultados evidenciam mudanças na operacionalizaçãodos negócios e no relacionamento com os clientes, com destaque à migração da quase totalidade de produtos e serviços do formato físico para digital e avanço dos segmentos e escritórios digitais nas instituições. Com relação ao isomorfismo, identificou-se a existência de movimentos coercitivos, miméticos e normativos.

Objetivo: Analisar as mudanças ocorridas em instituições bancárias brasileiras tradicionais em direção ao empreendedorismo digital, em decorrência do surgimento das fintechs. Originalidade/Valor: Entender como o empreendedorismo digital é influenciado em instituições bancárias brasileiras tradicionais a partir do surgimento das fintechs. Métodos: A pesquisa é de natureza qualitativa, com análise de casos múltiplos nas três maiores instituições bancárias brasileiras, a partir de dados coletados por meio de entrevistas e análise de dados secundários. Resultados: O estudo apresenta um quadro de recursos e fatores de empreendedorismo digital, consolidado na literatura e avaliado na prática, permitindo que as instituições possam compreender como as fintechs influenciam o avanço do empreendedorismo digital no setor bancário. Conclusões: O estudo evidenciou os fatores que exerceram maior influência sobre o avanço do empreendedorismo digital a partir do surgimento das fintechs sob a ótica do isomorfismo institucional. Observou-se a migração da quase totalidade de produtos e serviços para os meios digitais e, no que se refere à teoria institucional, identificou-se a presença das forças institucionais nas instituições bancárias tradicionais, em movimentos coercitivos, miméticos e normativos.