A satisfação sexual tem sido relacionada com a comunicação com o/a parceiro/a e com o sentido de auto-eficácia contracetiva. Este estudo pretende explorar diferenças entre homens e mulheres a nível da satisfação sexual, comunicação com um/a novo/a parceiro/a e autoeficácia contracetiva, e as relações evidenciadas entre elas. Participaram 537 universitários (271 homens e 266 mulheres), dos 18 aos 25 anos e sexualmente ativos. Utilizaram-se as versões portuguesas das escalas Golombok Rust Inventory of Sexual Satisfaction -GRISS, Health Protective Sexual Comunication Scale, e Contaceptive Self-Efficacy. Verificou-se que as mulheres apresentam maior capacidade de comunicação com um/a novo/a parceiro/a e maior auto-eficácia contracetiva, sem diferenças entre sexos na satisfação sexual. A auto-eficácia contracetiva associa-se positivamente à satisfação sexual sendo, no entanto, essa associação mais elevada nos participantes do sexo masculino do que nos do sexo feminino. A eficácia contracetiva e a capacidade de comunicação com um/a novo/a parceiro/a estão também positivamente associadas, mas apenas nas mulheres. Palavras-chave:Comunicação com parceiro sexual, Auto-eficácia contracetiva, Satisfação sexual. IntroduçãoAs atitudes sexuais que influenciaram (e influenciam) a vivência da sexualidade são explicadas através de dois grandes paradigmas que dialogam entre dois pólos: o Repressor e o Democrático (também chamado Biográfico ou Profissional). Os discursos subjacentes ao paradigma Repressor enfatizam o controlo, a repressão e a obsessão por temas de sexualidade e, portanto, a normatização do sexo (Arnal & Llario, 2006;Ferreira, Fávero, & Del Campo, 2014;Gómez-Zapiain, Ortiz Baroń, & Eceiza, 2013). Recorrendo a instrumentos de educação, o controlo da sexualidade foi sendo conseguido através de normas rígidas de comportamento, influenciado pelas religiões, marcado pelos costumes e consagrado nas leis (Frade, Marques, Alverca, & Vilar, 2010;Vilaça, 2007Vilaça, , 2012. Dentro deste paradigma Repressor destacam-se a abordagem Impositiva (que se baseia na crença de que existe uma única forma adequada de viver a sexualidade e, portanto, tem dificuldade em reconhecer o direito à diversidade) e a Médico-Preventiva (centrada na prevenção e nos riscos, descurando os aspetos económicos, políticos, sociais e culturais) (López, 2005;Pereira, 2013).O paradigma Democrático, em que baseia a presente investigação, faz referência à abordagem positiva da sexualidade, baseando-se na premissa de que cada pessoa pode viver a sua sexualidade de forma livre, saudável e responsável tendo em conta o seu bem-estar e dos outros (López, 2005; 195 A correspondência relativa a este artigo deverá ser enviada para: Alice Pereira, ISMAI -Instituto Universitário da Maia, Av. Carlos Oliveira Campos,
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