A comunicação das alterações climáticas (ACs) tem importante papel na mediação do discurso científico e é crucial para a percepção, compreensão e enfrentamento da questão climática. Diante disso, este artigo de revisão de caráter interdisciplinar discute aspectos relacionados com o medo na cobertura jornalística e quais as suas possíveis consequências para mobilização das pessoas frente os riscos climáticos. A abordagem espetacularizada, alarmista ou catastrofista das ACs por parte da imprensa preocupa investigadores sobre quais são as reações do público diante da amplificação do problema (e.g. O'Neill e Nicholson-Cole, 2009; Carvalho et al., 2011). Contudo, ainda não há certezas se o enquadramento negativo das notícias, associado especialmente aos seus riscos, seria capaz de gerar uma reação para enfrentar a situação por parte dos leitores ou, de forma contrária, uma inércia, pois o público poderia se sentir incapaz de reverter a situação de caráter global. Apesar da linguagem catastrofista despertar mais atenção, medo e angústia não servem, necessariamente, para motivar as pessoas (Giddens, 2010) ou podem ter perdido sua função “produtiva” (Pulcini, 2013), não gerando mudanças sociais. Além disso, esta perspectiva não contribui para uma cobertura preventiva ou que considere as soluções para minimizar ou se adaptar aos efeitos dos riscos climáticos, centrando-se, geralmente, apenas nos aspectos destrutivos. A partir de pesquisa bibliográfica, procura-se mapear o que já foi investigado sobre o medo e as alterações climáticas na cobertura jornalística, a fim de construir um enquadramento mais assertivo em prol da disseminação de informações que ajudem a transformar as atitudes das pessoas. Constata-se que ainda há uma escassez de literatura sobre medo, enfrentamento e a cobertura das alterações climáticas, e que mais investigações empíricas devem ser feitas de modo a confirmar as hipóteses teóricas e contribuir, de fato, com a eficácia do processo.
Women in current history textbooks in Portuguese education continue to be stereotyped and invisible as historical agents. Many images of women appear to illustrate family life, royalty, art, beauty and consumption. A few ‘exceptional’ women are presented as being ‘the first’ in activities considered masculine. These ‘addendum women’ seem to have been added to include female faces without challenging androcentrism. Regarding feminist struggles, the suffragettes are the only ones to receive some attention, but still with striking silences.
Artigo recebido em 30 de outubro de 2016, versão final aceita em 1 de fevereiro de 2017. RESUMO:A 21ª Conferência das Partes (COP21) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima foi apontada como a mais promissora reunião para um acordo global de combate aos efeitos das mudanças climáticas e redução da emissão de gases de efeito estufa. Este artigo analisa a comunicação sobre as mudanças climáticas no ambiente online durante o período da Conferência. Os temas debatidos nas redes sociais são suscetíveis a afetar o debate de forma ampla e trazem importantes informações a respeito da opinião pública e de percepções sobre as mudanças climáticas (Williams et al., 2015). Para este fim, o trabalho foca-se na popular rede social Twitter, que tem sido apontada como um termômetro da percepção pública (Brown & Wake, 2015). O Twitter tem mais de 310 milhões de utilizadores ativos por mês, dos quais 79% estão fora dos Estados Unidos da América, o que possibilita analisar outros contextos e fomentar a investigação em idiomas sub investigados, como o espanhol e o português. Lança-se um primeiro olhar sobre os usos e conteúdos publicados no Twitter nas línguas mencionadas visando responder às seguintes questões: Que tipo de conteúdos são mais populares no Twitter sobre mudanças climáticas? Qual a linguagem (palavras e nomes) utilizada para se debater o tema? Até que ponto é que a mídia tradicional é referência relevante no contexto da comunicação sobre as mudanças climáticas na rede social? Quem são os atores que formam esta rede e quais são os mais influentes? Conclui-se, entre outros aspectos, que entre os atores da rede se destacam diversos políticos e que a mídia é referência importante de informação nesta rede social. Nos dados em língua portuguesa, constatou-se um nível de atividade muito elevado dos cidadãos, que dominaram a produção de conteúdos sobre a COP21.Palavras-chave: mudanças climáticas; comunicação; redes sociais; Twitter. ABSTRACT:The 21st Conference of Parties (COP21) of the United Nations Framework Convention on Climate Change was identified as the most promising summit for a global agreement aiming to combat the effects of climate change and to reduce emissions of greenhouse gases. This article analyses online communications about climate change during the Conference. The subjects discussed in social networks are likely to affect public debates and provide important information regarding public opinion and perceptions of climate change (Williams et
O objetivo deste texto é apresentar as etapas do estudo do projeto “Engage for SDG”, que combinou metodologia automatizada e psicométrica, ao coletar e analisar tweets em língua portuguesa sobre alterações climáticas, e ao convidar parte desses utilizadores do Twitter para responder um questionário que avaliava os atributos morais que mais lhes pode gerar engagement em narrativas ambientais. A metodologia foi coletar e analisar 21.338 comentários na plataforma, a partir da recolha automática de com base em palavras-chave. A seguir, aplicar inquérito psicométrico com 301 resultados, para analisar a relevância de cinco fundamentos morais para dilemas gerais e ambientais. Percebemos que os valores “cuidado” e “justiça” contam com o maior engajamento das respostas, e que os valores “pureza” e “autoridade” contêm o desvio-padrão das respostas, tendo sido rejeitados pelos inquiridos. E graças à metodologia automatizada, concluímos que brasileiros e portugueses diferem na forma como se relacionam com o tema e nos fundamentos que associam ao tema, bem como nas personalidades invocadas e nas responsabilidades atribuídas.
Esta proposta compara de que forma dois sites de notícias do Brasil e de Portugal, o G1 e o SIC Notícias, têm apresentado a cobertura ambiental durante a pandemia e se há cruzamento das pautas climática com a disseminação do coronavírus. Realizamos uma coleta a partir da combinação de palavras-chave nos dois veículos, entre março e junho de 2020, e analisamos, por meio de categorizações temáticas, quais são as crises que são evidenciadas em cada um dos países, assim como os enfoques mais recorrentes em cada um deles. Dentre os resultados, destacamos a compartimentalização das crises e um enquadramento mais global nas notícias em Portugal, diferente do foco nacional identificado no Brasil decorrente do aumento das queimadas e desmatamento.
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