OBJETIVO: Analisar benefícios trabalhistas e fatores associados à manutenção dos índices de amamentação entre mães trabalhadoras. MÉTODOS: A amostra foi constituída por 200 mulheres trabalhadoras formais que retornaram ao trabalho antes de a criança completar seis meses de vida, no município de Piracicaba, SP. Dentre as participantes, 100 díades mãe-lactente receberam orientações e apoio para a prática do aleitamento em um programa de prevenção em saúde bucal e as demais 100 díades foram abordadas em uma campanha de vacinação infantil. Foi realizada análise de regressão logística múltipla para identificar variáveis relacionadas ao desmame ao quarto mês de vida. RESULTADOS: A maior parte das participantes era primípara, passou por cesariana, iniciou a amamentação em menos de quatro horas após o parto e permaneceu com seu filho em alojamento conjunto. Tiveram mais chance de parar a amamentação: mães não participantes do programa de incentivo (OR = 3,04 [IC95% 1,35;6,85]), mães que não tinham intervalo de 30 minutos durante a jornada de trabalho (OR = 4,10 [IC95% 1,81;9,26]) e mães cujos filhos utilizavam chupeta (OR = 2,68 [IC95% 1,23;5,83]) ou mamadeira (OR =14,47 [IC95% 1,85;113,24]. CONCLUSÕES: As mães que participaram do grupo de incentivo à amamentação, não ofereceram chupeta e mamadeira aos filhos e tinham intervalo durante o trabalho pararam a amamentação após o quarto mês. Apoio, informações sobre o manejo da lactação e sobre seus direitos garantidos por lei, em conjunto com a ampliação do tempo de licença maternidade, poderão ter um importante papel na manutenção da prática do aleitamento materno.
This study focused on programs to promote breastfeeding in order to prevent early weaning of working mothers ' infant children. A non-randomized O incentivo ao aleitamento materno tem sido o objetivo de diversos grupos de profissionais da saúde, em diferentes localidades do Brasil. Esses grupos relatam índices satisfatórios de adesão das mães a essa prática, mostrando que entre 35% e 38,6% das crianças são mantidas em aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de idade 2,3,4 . Índice superior foi relatado por Carrascoza 5 , que encontrou 47,5% das crianças participantes de um grupo de incentivo ao aleitamento materno amamentadas de forma exclusiva até o sexto mês de idade. Segundo o autor, esse índice se deve às atuações sistemáticas de uma equipe interdisciplinar, que acompanha a mãe e o lactente durante os primeiros seis meses após o parto, por meio de nove encontros, além de sessões individuais para esclarecimento de dúvidas, treino da prática da amamentação e tratamento de problemas de mama.ARTIGO ARTICLE
Resumo: Introdução: O objetivo deste estudo foi analisar os fatores associados à suscetibilidade para o desenvolvimento de transtornos alimentares em estudantes internos de um curso de Medicina. Método: Trata-se de um estudo transversal analítico com abordagem quantitativa, em que se aplicaram dois questionários: um com dados sociodemográficos e outro com o Teste de Atitudes Alimentares (EAT-26), que é um instrumento psicométrico para triar transtornos alimentares. Resultados: Foram incluídos na pesquisa 162 estudantes internos de Medicina. No gênero feminino, identificaram-se maiores escores no EAT-26 na escala da dieta (D) (p = 0,0079), que evidencia uma recusa patológica a comidas hipercalóricas e uma excessiva preocupação com a forma física, na escala de bulimia e preocupação com os alimentos (B) (p = 0,0014) e no escore geral da EAT-26 (p = 0,0005). Maior escore na escala D foi encontrado em estudantes que trabalham e estudam (p = 0,0278) e naqueles com sobrepeso (p = 0,0297). Aqueles que referiam estar seguindo alguma dieta tiveram maiores escores na escala D (p < 0,0001), na escala B (p = 0,0300) e no escore geral (p = 0,0001). Os que afirmaram ter preocupação quanto à quantidade de calorias obtiveram maiores escore na escala D (p < 0,0001), na escala B (p = 0,0010) e no escore geral (p < 0,0001). Os que referiram ter medo de engordar tiveram maiores escores na escala D (p < 0,0001), na escala B (p = 0,0001) e no escore geral (p < 0,0001), e, em contrapartida, aqueles que não tinham medo de engordar obtiveram maior escore na escala controle oral (CO) (p = 0,0149), que reflete o autocontrole associado aos alimentos e reconhece influências sociais do meio em que o indivíduo está inserido em relação à ingesta alimentar, assim como aqueles abaixo do peso (p = 0,0042). Os ansiosos obtiveram maiores escores na escala D (p = 0,0356), na escala B (p = 0,0266) e no escore geral (p = 0,0310). Conclusões: Ficaram evidenciados maiores escores na escala EAT-26 em estudantes internos de Medicina que são do sexo feminino, que trabalham e estudam e naqueles com sobrepeso. Além disso, seguir alguma dieta, possuir preocupação quanto à quantidade de calorias, ter medo de engordar, ser ansioso, triste e insatisfeito com próprio corpo também foram fatores associados com maiores escores. Todos esses fatores podem ser relacionados com um maior risco de esses estudantes desenvolverem distúrbios alimentares, como a anorexia e a bulimia.
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