RESUMO Este artigo objetiva apresentar alguns dos efeitos produzidos em vivências, representações, afetos e relações de mulheres em situação de violência doméstica, a partir da participação em um grupo de acompanhamento. Primeiramente, expomos discussões teóricas sobre violência doméstica contra mulheres, trabalhos em grupos e construção de sentidos. O processo de intervenção/participação incluiu pesquisa de campo de natureza qualitativa. As protagonistas foram 19 mulheres que frequentaram, no primeiro semestre de 2017, um grupo de acompanhamento destinado a mulheres em situação de violência doméstica em uma sede do interior da Defensoria Pública do Estado do Paraná. Quanto a pressupostos teórico-metodológicos, pautamo-nos nas contribuições do movimento construcionista social. Por meio dos grupos focais, as mulheres narraram a construção de sentidos novos acerca de variados elementos que compõem suas existências. Nesse processo de mudanças, os trabalhos em grupos figuraram como instrumentais importantes de fortalecimento, resistência e criação de estratégias de enfrentamento à violência doméstica.
Este estudo se propõe a apresentar discussões, a partir de um enfoque teórico-reflexivo, sobre a atuação da Psicologia em casos de violência sexual intrafamiliar contra crianças pertencentes a famílias em condição de vulnerabilidade socioeconômica. Inicialmente, expõe-se elementos conceituais sobre o tema violência sexual infantil e sobre a inserção da Psicologia em contextos de atuação frente a situações de abuso sexual intrafamiliar. Enquanto recurso metodológico, realizou-se levantamento bibliográfico sobre o tema nas plataformas Scientific Electronic Library Online e Portal de Periódicos Eletrônicos de Psicologia. A presença incipiente de estudos publicados com o enfoque temático pretendido é um dado importante que aponta para a necessidade de novas pesquisas sobre violência sexual infantil em interface com aspectos estruturais que performam a complexidade deste problema social e multifacetado. Dentre os estudos encontrados, restou evidente a indispensabilidade de se considerar marcadores sociais, como classe, nas análises sobre violência sexual intrafamiliar infantil, inclusive articulado com outros eixos que congregam sistemas de opressão, como raça, gênero e idade. Concluiu-se que a Psicologia pouco tem se debruçado, no campo da pesquisa científica, ao tema em pauta, o que também pode refletir o que tem se dado no exercício cotidiano de trabalho, demandando a construção de concepções e práticas que reconheçam criticamente os atravessamentos que integram as demandas psicossociais de seu campo de atuação.
Este estudo propõe discussões, a partir de um enfoque teórico, sobre a diversidade na escola, debruçando-se, especialmente, aos marcadores sociais de gênero e sexualidade. Objetiva criar reflexões quanto às questões apresentados à Psicologia no âmbito escolar e propor deslocamentos que possam colaborar com a construção de alternativas rumo a uma escola reconhecedora e favorecedora da diversidade. Para isso, elegeu-se, como método de investigação, o estudo teórico dos seguintes eixos fundamentais: marcos das políticas públicas educacionais relativas a gênero, sexualidade e diversidade; gênero e sexualidade como aspectos (que devem ser) transversais ao campo da educação; e desafios atuais à Psicologia no campo educacional. Concluiu-se que ainda ocorre a persistência da invisibilização, marginalização e normatização das diferenças no espaço escolar, refletindo processos de exclusão naturalizados na escola e no campo social mais amplo. Cabe, então, à Psicologia se implicar com a construção de saberes e práticas que cooperem com a concretização de uma escola democrática, acolhedora das diferenças.
Este artigo tem por objetivo discutir como mulheres em situação de violência doméstica se sentem, isto é, os impactos afetivos desse processo vivenciado por elas. Apresentamos, inicialmente, discussões teóricas sobre os afetos e a violência doméstica contra as mulheres. Exibimos, em seguida, algumas expressões emocionais de mulheres em situação de violência doméstica que frequentavam um grupo de acompanhamento destinado a esse público, em uma sede do interior da Defensoria Pública do Estado do Paraná. Foi nesse cenário que se efetivou, em 2017, a pesquisa de campo por meio de encontros de grupo focal. Como fundamentos teórico-metodológicos, contamos com os aportes da Epistemologia Qualitativa de González Rey e do Movimento Construcionista Social. Os resultados obtidos mostraram mulheres amedrontadas, envergonhadas, enclausuradas em dinâmicas relacionais atravessadas por violência doméstica e que revelaram um campo de desafios rumo à construção de outras formas de se relacionar, de sentir e de viver de modo alternativo à violência.
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