O objetivo do trabalho foi avaliar se a violência física entre parceiros íntimos é um fator de risco para o início tardio do acompanhamento da criança em unidades básicas de saúde (UBS). Trata-se de um estudo transversal que incluiu 927 mães/bebês com até seis meses de vida, atendidos em 27 UBS no Município do Rio de Janeiro, Brasil. Ter ido pela primeira vez à UBS após 60 dias de vida foi considerado o desfecho de interesse. Interações entre violência física entre parceiros íntimos, trabalho materno e qualidade do pré-natal foram exploradas utilizando-se a regressão logística multivariada. A violência física entre parceiros íntimos nos primeiros seis meses de vida da criança foi um fator de risco independente para o início tardio do acompanhamento da criança em mulheres que não tinham ocupação formal (OR = 3,1; IC95%: 1,5-6,3) e naquelas que não haviam realizado um pré-natal adequado (OR = 4,8; IC95%: 2,4-9,5). Os resultados apontam para a necessidade de qualificação dos profissionais de saúde para rastrear situações de violência física entre parceiros íntimos no pré-natal e na puericultura, visando ao seu enfrentamento e à promoção de uma adequada assistência materno-infantil.
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