No trabalho relatado, analisa-se a estratégia de redução das emissões dos gases do efeito estufa (GEE) em uma empresa de distribuição de energia elétrica. A pesquisa foi conduzida por meio de entrevistas semiestruturadas com a presidência da empresa e com os gestores das áreas de planejamento e controle, marketing, regulação, meio ambiente, responsabilidade social, e pesquisa e desenvolvimento. Tendo-se como ponto de partida o resultado do inventário de emissões de GEE, os gestores foram questionados sobre as iniciativas e os benefícios dos projetos de mitigação das emissões de GEE, as pressões dos stakeholders e o papel da regulamentação na remediação e na prevenção dos impactos decorrentes da mudança climática. Os resultados indicam que os gestores não reconhecem oportunidades de investimentos em projetos de redução das emissões de gases do efeito estufa. A empresa adota uma estratégia instrumental e atua em um ambiente de negócios com restrições regulatórias incipientes de controle das emissões de GEE. No estudo, revela-se que a empresa adota uma estratégia climática evasiva e explora a ausência de prioridade do setor elétrico brasileiro na redução do impacto ambiental ou da vulnerabilidade à mudança climática.Palavras-chave: mudança climática, gerenciamento de riscos, responsabilidade social corporativa.Posicionamento estratégico em resposta às restrições regulatórias de emissões de gases do efeito estufa
O artigo avalia as implicações estratégicas de projetos de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) em duas empresas brasileiras de geração de energia renovável. O estudo exploratório evidencia as motivações e as dificuldades enfrentadas pelas empresas para a implantação de projetos de MDL, a regulação brasileira em relação à adoção de projetos de MDL, os desafios da comercialização dos créditos de carbono gerados, e as expectativas após o primeiro período do Protocolo de Quioto. A pesquisa foi realizada por meio de análise documental e aplicação de entrevistas. Os resultados demonstram que os projetos de MDL implantados pelas empresas pesquisadas são operacionalmente e financeiramente viáveis. Por meio dos projetos de MDL, as empresas pesquisadas associam sua imagem institucional como empresas preocupadas em mitigar os impactos da mudança climática. Contudo, as incertezas geradas quanto ao futuro do Protocolo de Quioto, principalmente, com relação à adesão dos países desenvolvidos, apresenta-se como uma limitação para a implantação de novos projetos de MDL. Conclui-se que a implantação voluntária de projetos de MDL e o consequente comércio de emissões de carbono representam uma alternativa viável para o problema das mudanças climáticas.
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