A produção de carvão vegetal gera além do produto final um resíduo: os finos. Os finos são um material fino, sem valor agregado e sem destino específico, tornando-o barato. O objetivo deste estudo foi atribuir valorização a esse resíduo, fornecido por uma empresa da região Sul de Santa Catarina, utilizando-o como matéria-prima no processo produtivo de outro segmento, o colorifício. A partir de análises de caracterização da amostra do resíduo, elaborou-se uma frita cerâmica empregando 13% do resíduo como matéria prima. A partir do desenvolvimento da frita, foram realizados testes para otimização de um engobe de uso comercial. Foram analisadas 13 formulações, sendo que o melhor teste escolhido, contendo 3% da frita desenvolvida, foi produzido em semi-industrial, ou seja, testado em cerâmica para avaliação de parâmetros de qualidade. O engobe apresentou reologia (densidade, viscosidade e resíduo) e dilatação adequadas comparando-se com o padrão. O teste apresentou maior fusibilidade, entretanto com menos brancura e com mancha d'água mais perceptível o que não descaracteriza o resultado final satisfatório do produto. A viabilidade técnica da utilização dos finos como matéria-prima na produção de frita cerâmica foi comprovada, aliando o desenvolvimento de novos produtos comerciais com a sustentabilidade de processos produtivos de outros segmentos.
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