A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença zoonótica causada no Brasil pelo protozoário Leishmania chagasi. A transmissão ocorre, principalmente, pela picada do vetor Lutzomyia longipalpis (mosquito-palha), que se infecta ao se alimentar de sangue do cão doente e, depois, transmite o parasita para outros animais e para o homem. Trata-se de um importante problema de saúde pública, que afeta em torno de 3.500 pessoas por ano, em todos os Estados brasileiros, com taxa de mortalidade em torno de 8%. O protozoário ataca, preferencialmente, o sistema imunológico dos cães acometidos, provocando sinais clínicos inespecíficos em vários sistemas fisiológicos. Em até 80% dos casos os animais infectados podem não fazer soroconversão e se manter assintomáticos, tornando difícil o diagnóstico e o controle da doença. A política pública determinada pelo Ministério da Saúde no Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral prevê a eutanásia dos cães soropositivos, já que eles funcionam como reservatórios do protozoário. Todavia, desde 2016, existe a permissão para tratar individualmente os animais doentes com um medicamento leishmanicida que foi registrado e liberado no Brasil. Este estudo faz uma revisão de literatura sobre a Leishmaniose Visceral Canina, com abordagens sobre etiologia, epidemiologia, patogenia, manifestações clínicas, métodos diagnósticos, terapias e estratégias de controle da doença. Traz ainda discussões sobre a política pública brasileira vigente e as propostas para melhorar o diagnóstico e a prevenção dessa zoonose endêmica em várias regiões do país.
African Swine Fever is a highly contagious viral disease that affects domestic and wild swine, and causes mortality rates of up to 100% in the most acute forms. It can be transmitted by direct or indirect contact with infected pigs and contaminated materials, and also by tick vectors. It is considered endemic in Africa but has been causing new outbreaks in Europe, Asia and even Central America in recent years. It is a global threat, because there is no vaccine or treatment for this disease. The recommendation of the World Organization for Animal Health is the sanitary slaughter of all exposed animals, causing great socioeconomic damages. Brazil has already registered the virus in the past and is now considered a country free of the disease. Implements restrictive import and biosecurity policies to prevent reintroduction of the virus. Early detection and diagnosis are the keys to preventing the spread of African Swine Fever, which can derail swine farming in a region for years. This study reviews the literature on the disease, with approaches on etiology, pathogenesis, epidemiology, clinical manifestations, necropsy findings, diagnostic methods, therapies, and control and prevention strategies.
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